Os próximos passos do casamento entre PDT e PSD no Rio
Integrantes dos partidos acabam de definir a chapa que pretende brigar pelo governo do estado contra Claudio Castro (PL) e Marcelo Freixo (PSB)
PDT e PSD acabam de anunciar a composição da chapa que disputará o governo do Rio de Janeiro nas eleições deste ano, poucos meses depois de os dois lados terem divulgado que a parceria anunciada em fevereiro havia naufragado em razão de divergências sobre quem ocuparia a cabeça da disputa.
O PSD de Eduardo Paes e Gilberto Kassab teve que ceder diante do fato de o seu pré-candidato ao governo, o ex-presidente da OAB Felipe Santa Cruz, não ter decolado nas pesquisas até. O PDT de Ciro Gomes e Carlos Lupi apostava no nome do ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves, que figura como terceiro na corrida, atrás do governador Claudio Castro (PL) e de Marcelo Freixo (PSB).
Ficou decidido nesta quarta que Neves será o cabeça de chapa e terá Santa Cruz como o seu vice. Até então, os dois lados insistiam na candidatura própria. Os partidos farão uma convenção conjunta para formalizar a escolha no próximo dia 23.
Segundo o Radar apurou, os lances seguintes dessa chapa que almeja ser competitiva frente aos dois primeiros concorrentes ao Palácio Guanabara é encontrar um candidato a senador que dê mais peso ao projeto.
Já estão sendo feitas sondagens no PSDB de Rodrigo e Cesar Maia, no União Brasil, do prefeito de Belford Roxo e campeão de votos Wagner Carneiro, o Waguinho, e no Cidadania. O União Brasil está hoje na base do governador, mas tenta pressionar por mais espaço e cogita lançar candidato próprio ao governo.
Na semana passada, Lula esteve no Rio e recebeu um afago público de Eduardo Paes, que declarou que votará no petista nas eleições presidenciais deste ano. O cacique do PDT Carlos Lupi disse ao Radar que por ora a questão dos palanques nacionais não será discutida pelos integrantes da aliança local.