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Os recados da Lava-Jato do Paraná na Operação Navegar é Preciso

Força-tarefa de Curitiba, que caminha para ser encerrada nas próxima semanas, vai a campo mostrar que ainda tem corruptos para caçar

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 ago 2020, 11h52 - Publicado em 19 ago 2020, 11h12

É claro que as investigações da Operação Lava-Jato não se prestam a interesses pessoais de seus investigadores, mas não deixa de ser curioso que a primeira operação, após Deltan Dallagnol derrubar a ação de Renan Calheiros no CNMP — com uma decisão do decano Celso de Mello –, ocorra em fatos criminosos relacionados à Transpetro.

Os principais alvos da Operação Navegar é Preciso, nome sugestivo ao pessoal de Brasília que deseja encerrar a força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, são os irmãos Germán e José Efromovich, donos do estaleiro Eisa e acionistas da Avianca Holdings.

As evidências que sustentam a ação partiram da antiga delação, fechada em 2016, de Sergio Machado, o ex-comandante da Transpetro. Para quem não lembra, Machado reinou anos a fio na estatal, durante os governos do PT, graças ao influente apoio de Calheiros e do MDB do Senado.

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A única façanha de sua delação, até hoje, foi produzir um arquivo de gravações dos emedebistas – as inesquecíveis falas “estancar a sangria” dos políticos na Lava-Jato, “com o Supremo, com tudo” –, que provocaram mais constrangimentos aos políticos do que resultados efetivos para as investigações.

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O resgate de Machado tem esses dois recados. Um, o nome do padrinho que permitiu sua nomeação na estatal e posterior roubalheira. Dois, a gravação produzida por ele, de que a tentativa de calar a Lava-Jato no Paraná é antiga.

Como se sabe, a PGR vem discutindo mudar a forma de fazer investigação contra corrupção, saindo do modelo de forças-tarefas para uma frente nacional de combate ao crime.

Em tempo, no inicio do mês, o Radar mostrou que a Lava-Jato de Curitiba voltaria a tira gente da cama cedo. É só o começo da temporada.

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