Pacheco defende fim da reeleição para prefeito, governador e presidente
Para o presidente do Senado, balanço das eleições foi positivo para alguns partidos, com crescimento do "centro democrático", e "nem tanto" para outros
De Londres, onde participou nesta terça-feira do LIDE Brazil Conference, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi instado a comentar o resultado das eleições municipais deste ano e acabou defendendo o avanço da discussão sobre o possível fim da reeleição para prefeito, governador e presidente no Brasil.
“O balanço da eleição foi positivo para alguns partidos, para outros nem tanto, o que se percebe é um crescimento desse centro democrático de partidos que pregam muito bem, que têm boas ideias, também muitos bons quadros. Em todos esses municípios foram eleitos prefeitos de boa qualidade, então, faço um balanço muito positivo das eleições”, declarou o senador do PSD de Minas Gerais a jornalistas.
Para Pacheco, o pleito não é uma discussão mais sobre só direita e esquerda, e sim “entre o equilíbrio e o extremismo, entre o radicalismo e a sensatez”.
Ele também exaltou o desempenho do seu partido, que “fez quase 900 prefeituras no Brasil” (foram 885, segundo dados do TSE) e foi o que mais elegeu prefeitos em seu estado (142).
“A democracia funciona dessa forma, a cada quatro anos se discute para prefeito, a cada quatro anos se discute para governador, para presidente, e o povo tem a oportunidade de escolher”, comentou.
Reeleição
Na sequência, o presidente do Senado disse achar que “a gente pode avançar agora numa discussão que eu acho que é importante para o Brasil, que é uma discussão sobre a manutenção ou não do instituto da reeleição para prefeito, governador e presidente”.
“Eu acho que se projetar, garantindo o direito daqueles que já estão, se projetar para o futuro mandatos de cinco anos sem reeleição, eu considero que é algo positivo para o Brasil e é algo que o Senado Federal tem uma tendência a fazer. E é óbvio que eu vou discutir com os meus pares acerca desse tema, mas pode ser um aprimoramento constitucional relevante para o nosso país”, concluiu.