Pacheco se irrita com performance em debate sobre aborto no Senado
Para o senador, discussão deveria ser técnica, mas ignorou correntes de pensamento e privilegiou apenas defensores do projeto do aborto
![A contadora de histórias Nyedja Gennari fez apresentação "teatral" na manhã desta segunda-feira durante sessão no plenário do Senado destinada a discutir a resolução do Conselho Federal de Medicina que proibiu a assistolia fetal — procedimento usado na interrupção da gravidez nos casos de aborto previsto em lei — em casos de probabilidade de sobrevida do nascituro](https://beta-develop.veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/06/53797668099_7147ec8a9e_o.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, assistiu com irritação, pela TV, à sessão de debates realizada na manhã desta segunda-feira no plenário da Casa, a pedido do senador Eduardo Girão (Novo-CE), destinada a discutir a resolução do Conselho Federal de Medicina que proibiu a assistolia fetal — procedimento usado na interrupção da gravidez nos casos de aborto previsto em lei — em casos de probabilidade de sobrevida do nascituro.
Durante o evento, a contadora de histórias Nyedja Gennari narrou em cerca de cinco minutos um texto fictício no qual assumiu o ponto de vista de um suposto feto no dia em que foi submetido ao procedimento de assistolia fetal. O uso da dramatização foi um dos fatores que contrariaram Pacheco.
O parlamentar mineiro já afirmou que o tema terá amplo debate se chegar ao Senado e, por isso, não gostou de a sessão ter ignorado especialistas contrários ao projeto de lei antiaborto por estupro, que teve requerimento de urgência aprovado pela Câmara na semana passada.
Para Pacheco, a discussão sobre esse assunto deve levar em conta todas as correntes, critérios técnicos e científicos e a legislação vigente, além de ter a participação das mulheres senadoras.
![O senador Eduardo Girão (Novo-CE) segura dois “bonecos” representando fetos durante sessão no plenário do Senado destinada a discutir a resolução do Conselho Federal de Medicina que proibiu a assistolia fetal — procedimento usado na interrupção da gravidez nos casos de aborto previsto em lei — em casos de probabilidade de sobrevida do nascituro O senador Eduardo Girão (Novo-CE) segura dois](https://beta-develop.veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/06/53796861882_a3968ddf32_o.jpg?quality=90&strip=info&w=650)