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Pesquisa revela impacto da migração venezuelana na fronteira brasileira

Saúde é setor mais afetado, com escassez de profissionais, leitos, equipamentos e remédios.

Por Manoel Schlindwein Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 jan 2021, 07h32
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  • Os serviços de saúde foram os mais impactados pelo fluxo migratório de venezuelanos ao Brasil, aponta um relatório do Ipea divulgada ontem. O documento registra o déficit de leitos, a ausência de equipamentos como tomógrafos e mamógrafos e a falta de medicamentos e insumos básicos, como gases, agulhas e paracetamol. A falta de profissionais atuando na região, sobretudo em Roraima, foco da pesquisa, também é destacada pelo órgão. Há ainda o “perigo” da reintrodução de doenças já erradicadas no país, como foi o caso do sarampo, em 2018.

    Os pesquisadores também mediram os impactos na educação, moradia, trabalho, comércio, energia e mobilidade. No caso da segurança pública, “é notória a vulnerabilidade de venezuelanos a situações de violência, abuso, exploração sexual, discriminação, contrabando de pessoas e exploração. Ao mesmo tempo que existe sensação de insegurança generalizada por parte da população local”, registraram. O órgão faz pesquisas de campo desde 2015 em Boa Vista e Pacaraima, cidades que recebem o maior número de migrantes do país vizinho.

    No rol de sugestões, o Ipea cita a Lei de Migração e afirma que, “se, por um lado, existem esforços para o reconhecimento e a facilitação da inserção de refugiados, por outro lado, há iniciativas que visam dificultar o acesso de migrantes e refugiados a serviços públicos” no Brasil.

    O documento, que mostra os efeitos antes e depois do fechamento da fronteira, em 2016 e 2017, faz parte do projeto “A Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) e a Faixa de Fronteira”.

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