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PF deflagra operação contra ex-diretores da Americanas suspeitos de fraude

Cerca de 80 policiais federais cumprem dois mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 jun 2024, 11h53 - Publicado em 27 jun 2024, 07h53
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  • A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, uma operação contra os ex-diretores da Americanas, acusados de envolvimento em fraudes contábeis bilionárias.

    A Operação Disclosure é realizada em parceira com o Ministério Público Federal. Cerca de 80 policiais federais cumprem dois mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro.

    Já são considerados foragidos  — e terão os nomes incluídos na lista da Interpol — o ex-CEO Miguel Gutierrez e Anna Christina Ramos Saicali, uma de suas diretoras.

    Conforme divulgado pela própria empresa, as fraudes investigadas provocaram um rombo que chega a 40 bilhões de reais, com lucro fictício de 25,3 bilhões de reais. A investigação contou ainda com o apoio técnico da Comissão de Valores Mobiliários, a CVM.

    Além disso, a Justiça Federal determinou o sequestro de bens e valores destes ex-diretores que somam mais de meio bilhão de reais.

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    Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

    Segundo as investigações, que contam com a colaboração da atual diretoria da empresa Americanas, os ex-diretores praticaram fraudes contábeis relacionadas a operações de risco sacado, que consiste em uma operação na qual a varejista consegue antecipar o pagamento a fornecedores por meio de empréstimo junto aos bancos.

    Também foram identificadas fraudes envolvendo contratos de verba de propaganda cooperada (VPC), que consistem em incentivos comerciais que geralmente são utilizados no setor, mas no presente caso eram contabilizadas VPCs que nunca existiram.

    A investigação revelou ainda fortes indícios da prática do crime de manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, também conhecido como “insider trading”, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

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