PF prende Silvinei Vasques por interferência nas eleições de 2022
Há ainda mandados de busca e apreensão sendo cumpridos no Rio Grande do Sul, no Distrito Federal, em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta uma operação para investigar o uso da máquina, na gestão de Jair Bolsonaro, para interferir no processo eleitoral durante a disputa de segundo turno do então presidente com Lula.
Ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques foi preso em Santa Catarina. “De acordo com as investigações, integrantes da Polícia Rodoviária Federal teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro de 2022. Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país”, diz a PF.
Os agentes da PF cumprem ainda dez mandados de busca no Rio Grande do Sul, no Distrito Federal, em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte contra diretores da PRF na gestão Silvinei.
A operação conta com o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que determinou ainda a oitiva de 47 policiais rodoviários federais.
Segundo a PF, a ação mira crimes de prevaricação, violência política e impedir ou atrapalhar a votação (crime previsto no Código Eleitoral).
Em 30 de outubro, dia do segundo turno, a PRF montou barreiras de trânsito que interferiram na movimentação de eleitores, sobretudo no Nordeste, onde Lula tinha vantagem sobre Bolsonaro nas pesquisas.