PF usou celular para mapear entregas de propina a líder de Bolsonaro
Antenas de telefonia sugerem, segundo a PF, que o operador recebia dinheiro do empresário e depois encontrava o senador

Seguindo o sinal dos aparelhos de celular do empresário e delator João Carlos Lyra, do operador do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, e do próprio senador, a Polícia Federal acredita ter flagrado as datas em que o líder de Jair Bolsonaro recebia a propina do esquema de corrupção em obras do Ministério do Desenvolvimento Regional.
“Tendo recebido as ERBs (estações rádio-bsae) dos terminais atrelados aos parlamentares investigados, foi realizado um novo
exame o qual verificou que, em várias ocasiões, após possivelmente ter recebido os valores em espécie diretamente de JOÃO CARLOS LYRA PESSOA, os sinais emitidos pelo telefone celular de IRAN PADILHA MODESTO coincidiram com aqueles emitidos pela antena de terminais atrelados a FERNANDO BEZERRA DE SOUZA COELHO, indicando que eles estavam próximos”, diz a PF.
“No dia 09/06/2014, ou seja, três dias após ter possivelmente recebido os valores de JOÃO CARLOS LYRA, o terminal utilizado por IRAN PADILHA MODESTO não só se comunica com o de FERNANDO BEZERRA DE SOUZA COELHO às 17:45h, mas inclusive ambos emitem sinais bem próximos da residência desse último na cidade de Recife/PE”, segue a PF.