O governo Lula fez nesta quarta-feira reuniões de realinhamento com as bancadas do PSB e do PSD na Câmara — duas do que deve ser uma série de conversas para entender o que causou os reveses com o PL das fake news e o projeto para derrubar trechos de decretos presidenciais.
Sentado à cabeceira da mesa com os deputados, Alexandre Padilha cobrou os partidos da base aliada, cada um titular de três ministérios, pelos votos contra o Planalto no PDL do marco legal do saneamento básico.
Também quis garantir que nada parecido vá se repetir na votação do novo arcabouço fiscal, prevista para a semana que vem.
Parte da resposta veio em forma de queixas sobre a demora do governo para nomear indicados das bancadas em cargos federais nos Estados.
Neste momento, até promessas de emendas ao Orçamento ficam em segundo plano em relação à morosidade no atendimento dos pedidos para ocupar órgãos da máquina pública, como Dnit, Incra, Ibama, Codevasf e Dnocs.
Ao menos quanto ao projeto do novo marco fiscal, não deverá haver problema com a base aliada.
O líder do PSB, Felipe Carreras, disse na reunião com Padilha que os 14 integrantes da bancada fecharão questão a favor da proposta.
Mas, no contexto mais amplo da relação com o Planalto, as lideranças saíram da conversa insatisfeitas com a resposta vaga de Padilha sobre os cargos federais, sem dizer quando nem como atenderá as reivindicações.