A tragédia que atinge desde terça a cidade de Petrópolis, na serra fluminense, mobilizou os principais pré-candidatos ao governo do Rio nas próximas eleições.
O governador Cláudio Castro (PL), que tentará a reeleição em outubro, está desde a terça a noite na cidade, que receberá a visita na quinta do primeiro colocado nas pesquisas eleitorais até agora, o deputado Marcelo Freixo (PSB).
A equipe de Freixo confirmou que ele passará dois dias na cidade para prestar sua solidariedade pessoalmente no local. Nesta quarta, ele e outros parlamentares de oposição a Jair Bolsonaro pediram a Arthur Lira a criação de uma comissão na Câmara para acompanhar os trabalhos do governo federal no socorro aos moradores da cidade.
O presidente da Assembleia da Rio, André Ceciliano (RJ), voou para a cidade serrana na própria terça, quando imagens de enxurradas e deslizamentos invadiram as redes.
Ceciliano em tese tentará uma cadeira ao Senado, mas seu nome consta da bolsa de apostas ao governo porque uma ala do PT do Rio ainda é refratária ao nome de Freixo e tenta articular para o petista ser o nome da disputa no campo progressista.
Felipe Santa Cruz, candidato de Eduardo Paes (PSD) ao Palácio Guanabara, não irá ao local da tragédia em razão de uma questão de saúde na família, mas disse que atuará junto a um grupo de advogados recolhendo doações. Rodrigo Neves (PDT), nome de Ciro Gomes e Carlos Lupi na disputa do Rio, ainda não informou se irá ao local.
Desastres relacionados às chuvas são frequentes na serra do Estado. É recorrente a ocorrência de deslizamentos de encostas, enxurradas e elevação dos leitos dos rios.
A região, que durante anos deu votos ao PT e seus aliados no Rio, mudou de perfil na eleição de 2018, quando, por exemplo, Jair Bolsonaro chegou ao poder com 74% dos votos em Petrópolis, contra 25% de Fernando Haddad.
Um dos símbolo da guinada conservadora que levou Bolsonaro ao Planalto é justamente o ex-policial e deputado Daniel Silveira (PSL), que é da região.