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Projeto na Câmara garante liberdade de posicionamento político a artistas

O deputado Marcelo Ramos apresentou o projeto de lei dois dias após ministro do TSE proibir "manifestação de propaganda eleitoral" no festival Lollapalooza

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 mar 2022, 16h32 - Publicado em 28 mar 2022, 15h57
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  • Dois dias depois de o ministro Raul Araújo, do TSE, proibir manifestações políticas de artistas no festival Lollapalooza, o deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM) apresentou um projeto de lei na Câmara para incluir na legislação eleitoral a garantia de liberdade de posicionamento político em shows e apresentações.

    O texto protocolado pelo vice-presidente da Câmara estabelece que “não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolvam pedido explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que poderão ter cobertura dos meios de comunicação social, inclusive via internet”.

    O projeto também descarta qualquer impedimento para que o artista manifeste seu posicionamento político, “por meio de seu trabalho, em shows e apresentações, seja antes, durante ou depois do período eleitoral”.

    A decisão do ministro do TSE, do sábado, atendeu a um pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e estabeleceu multa de 50.000 reais em caso de descumprimento da determinação.

    A legenda apresentou uma representação ao tribunal depois que a cantora Pabllo Vittar segurou uma bandeira com o rosto do ex-presidente Lula, principal rival de Bolsonaro nas eleições de 2022, ao passar pelo meio do público na passarela do festival durante sua apresentação no sábado. Por diversos momentos, a plateia dos shows também entoou coros contra o presidente.

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    Na ação, o PL citava ainda manifestação da cantora britânica Marina, que xingou Bolsonaro em sua apresentação, como outro exemplo de “propagando eleitoral antecipada”.

    Na decisão, o ministro do TSE Raul Araújo destacou que “a manifestação exteriorizada pelos artistas durante a participação no evento, tal qual descrita, e retratada na documentada anexada, caracteriza propaganda político-eleitoral”.

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