Depois de Dilma Rousseff informar à Justiça que não tinha nenhuma informação a prestar sobre um suposto esquema de compra de medidas provisórias para beneficiar montadoras de veículos, por não terem sido editadas em seu governo, o PSDB vai cobrar que a presidente explique portarias baixadas em seu primeiro mandato que também estão sob investigação.
A declaração de Dilma foi feita no inquérito da Operação Zelotes, criada originalmente para negociar um esquema para livrar empresas de multas no Carf (órgão vinculado à Receita Federal), mas que derivou para a investigação de um esquema de lobby para negociar a edição de MPs.
A presidente foi arrolada como testemunha de defesa do lobista Eduardo Valadão, investigado por negociar em nome de empresas como a Caoa.
A cobrança dos tucanos diz respeito à investigação sobre portarias que também beneficiaram a Caoa, investigadas no âmbito de outra operação, a Acrônimo, que investiga lavagem de dinheiro em benefício da campanha do governador de Minas, Fernando Pimentel.
Relatório da Polícia Federal aponta que portarias do Ministério do Desenvolvimento, na época comandado por Pimentel, foram compradas para habilitar a Caoa a participar de um programa de beneficios fiscais. Em troca, a PF investiga se a montadora pagou propina ao ex-ministro e hoje governador.