Mesmo contra a orientação dos partidos, as bancadas do PSDB e do DEM entregaram a maioria dos seus votos a favor da PEC do voto impresso na noite desta terça-feira, no plenário da Câmara.
Dos 26 deputados tucanos que se posicionaram na votação, 14 escolheram o “sim”, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, e 12 o “não”. Outros cinco faltaram à votação (o que, na prática, ajudou a derrotar o projeto) e um, Aécio Neves, foi o único deputado que optou pela abstenção.
Ao Radar, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, argumentou que a maioria seguiu o partido, já que ausência ou abstenção é contabilizada a favor do que orientou o partido.
Já no DEM, o placar foi de 13 a 8 a favor da PEC, de autoria da deputada bolsonarista Bia Kicis. Outros sete deputados se ausentaram da votação.
O presidente do partido, ACM Neto, seguiu na mesma linha do colega tucano ao citar as ausências que também contaram para derrotar a proposta.
“O partido deixou claro qual era a sua na comissão especial, votando contra. No plenário, orientou contra. Agora, a gente tem que respeitar a posição dos deputados que votaram a favor. O que importa é que a maioria da bancada não referendou a aprovação da PEC, basta somar aí os votos contra com as ausências, que têm esse mesmo efeito”, declarou o dirigente ao Radar. “Eu acho que o assunto está superado, felizmente não prosperou”, concluiu.
Além das duas legendas, que podem ter candidatos contra Bolsonaro em 2022, o PSD também teve um resultado interno que contrariou a orientação partidária: 20 a 11, com quatro ausências. O mesmo também ocorreu com o MDB (15 a 10, com oito deputados ausentes).
A lista dos votos dos deputados, por partido, pode ser vista no site da Câmara dos Deputados.