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PT dá luz a Eduardo e repete erro que levou Bolsonaro ao Planalto

Ao tentar tirar o passaporte de um deputado no exercício regular de mandato, petistas podem legitimar discurso bolsonarista que tanto tentam combater

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 mar 2025, 10h46 - Publicado em 11 mar 2025, 10h34

Quando era apenas um parlamentar do baixo clero da Câmara, Jair Bolsonaro vivia a provocar petistas pelo Congresso, em busca de reações e de brigas que atraíssem os holofotes da imprensa para o seu discurso contra ideologias de esquerda no Parlamento.

Bolsonaro falava barbaridades que sabia que iriam instigar parlamentares de esquerda e chamar a atenção da imprensa. Com isso, colocava a cobertura jornalística — a famosa disputa pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara, por exemplo, rendeu dias de “JN” para Bolsonaro e seus aliados — e seus opositores para divulgar seu nome e suas ideias, ainda que com críticas. Quem pensava como ele acabava recebendo a mensagem. Foi assim, por exemplo, quando ele pediu o fuzilamento de FHC, provocando reações do meio político.

“Se eu não peço o fuzilamento de Fernando Henrique Cardoso, ele jamais estaria me entrevistando aqui agora”, disse Bolsonaro a Jô Soares em 2005, feliz da vida em sentar no sofá do apresentador.

Nessa entrevista ao saudoso apresentador, o deputado explicou que sua forma aparentemente tresloucada de agir no Legislativo era, na verdade, um método para aparecer que o tornou conhecido em todo o país — e deu no que deu.

Seguindo os passos do pai, Eduardo Bolsonaro tem conseguido usar o petismo a seu favor, nessa história do passaporte. O filho do ex-presidente é deputado, exerce o mandato e tem a garantia, por viver numa democracia, de poder defender ideias sem ser punido por isso.

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Os petistas, que sempre criticaram a ditadura, agora querem tirar do parlamentar o direito de criticar decisões do Judiciário que afetam o pai e seu grupo político. Logo o PT que colocou meio mundo contra o Judiciário quando Lula estava prestes a ser preso por corrupção no esquema da Petrobrás. Além de incoerente, o petismo trabalha com afinco para legitimar o discurso bolsonarista. Afinal, o que dizer de um país que tira direitos de um parlamentar por exercer seu direito de crítica e contraditório?

Ao converter a questão do passaporte de Bolsonaro numa novela acompanhada pela imprensa, com atos do STF e manifestações da PGR, o petismo mantém Eduardo em evidência. É o que o deputado precisa para chegar em 2026 com chances de vencer a disputa ao Senado por São Paulo ou — quem duvida? — até mesmo ser candidato ao Planalto apoiado pelo pai dele.

Ignorando as ideias e argumentos de Eduardo Bolsonaro, o fato é que o filho do ex-presidente está torcendo para que o STF retire seu passaporte sob o argumento de que a Corte não pode ser criticada fora do país.

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Não é sem motivo que Bolsonaro, o irmão Flávio e outros bolsonaristas de proa mergulharam nesse tema, nas redes, para explorar a tal “perseguição” e o “risco” de Eduardo perder o passaporte por denunciar e criticar as decisões da Justiça brasileira. Falou-se até na fuga do deputado do Brasil, num evidente delírio voltado a agradar seguidores nas redes.

Ao ser provocado pelo PT, o ministro Alexandre de Moraes adotou uma medida padrão na Corte: abriu prazo para que a PGR se manifestasse sobre o pedido. É assim em todo processo no tribunal. Até aí, não há nada fora do jogo. Apontar um “risco” de que Eduardo vá perder o passaporte por causa da manifestação da PGR só revela como o bolsonarismo tenta mesmo tirar todo proveito possível do caso. E o petismo caindo, como sempre.

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