Roberto Jefferson saiu vivo por ‘privilégio branco’, diz MV Bill
Na Bienal do Livro de Brasília, rapper criticou o ataque do ex-deputado à Polícia Federal e declarou apoio a Lula no segundo turno
O rapper, ator e escritor MV Bill criticou o ataque de Roberto Jefferson contra policiais federais. O ex-deputado federal reagiu a uma tentativa de prisão com um fuzil e granadas. Depois de 8 horas, se entregou às autoridades.
“Você quer saber o que é privilégio branco? Dar tiros de fuzil, tacar granadas, ter movimento na internet fazendo mobilização para que sua casa não seja invadida e continuar vivo. Isso é privilégio”, disse o músico que comparou a atitude da PF com uma operação policial que matou João Pedro, jovem de 14 anos que teve a casa invadida enquanto brincava com amigos, em São Gonçalo (RJ).
MV Bill disse se sentir incomodado quando políticos são elevados à condição de ídolos. Para o rapper, o papel da população é cobrar os governantes. Questionado pela plateia, respondeu que votará “13”, mas disse preferir não se posicionar em relação à política partidária.
“Sempre me isentei da política partidária, por mais que eu tenha identificação com determinada proposta. Em todas as eleições sempre quis deixar a minha arte fora disso. Nunca subi em palanque, nunca fiz campanha para ninguém”, afirmou.
As declarações ocorreram durante debate na noite deste domingo, na 5ª Bienal Internacional do Livro de Brasília. A programação segue até o próximo domingo, dia do segundo turno das eleições.