Proposta por Renan Calheiros, a CPI da Braskem deve sair do papel em breve no Senado.
O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, prometeu ao alagoano que lerá na semana que vem o requerimento para criar a comissão — que obteve 45 assinaturas no mês passado, mas não tem o apoio do governo. O número mínimo de apoios necessários era 27.
O pedido foi apresentado no plenário no dia 14 de setembro. Na ocasião, Pacheco chegou a dizer que leria o requerimento na semana seguinte, após parecer da Advocacia do Senado, “se cumpridos os requisitos”.
O objetivo da CPI é investigar a responsabilidade jurídica e socioambiental da Braskem em decorrência “do maior acidente ambiental urbano já constatado no país”, em 2018. Por causa da exploração do sal-gema pela mineradora, cinco bairros de Maceió sofreram afundamento de solo, o que prejudicou mais de 200.000 pessoas.
De acordo com o requerimento de Calheiros, a Comissão Parlamentar de Inquérito deverá investigar possíveis omissões da empresa na reparação à capital alagoana e aos moradores dos cinco bairros que tiveram o solo afundado.
Após a leitura no plenário por Pacheco, os líderes dos partidos deverão indicar os integrantes para que a comissão seja instalada.