Setor produtivo vai mobilizar parceiros nos EUA contra tarifa, diz Alckmin
Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento usou setor siderúrgico como exemplo da interdependência entre as duas economias, segundo comunicado
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira que representantes do setor produtivo brasileiro vão se empenhar na mobilização de parceiros de negócios nos Estados Unidos contra a tarifa de importação de 50% anunciada por Donald Trump.
“Vamos envolver (o setor produtivo) também porque é uma relação importante, que repercute também nos Estados Unidos, podendo encarecer produtos, encarecer a economia americana e, também, é uma oportunidade para mais acordos comerciais”, disse Alckmin a jornalistas depois de reunião do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais do governo Lula com representantes de algumas das maiores indústrias brasileiras.
“Eles vão trabalhar junto aos seus congêneres e parceiros norte-americanos: importadores, exportadores, CEOs de empresas (e) Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos”, declarou o vice-presidente e ministro.
Segundo o governo Lula, Alckmin citou, durante a reunião, o setor siderúrgico como exemplo da interdependência entre as duas economias.
Dados de comércio mostram que o Brasil é o terceiro maior comprador do carvão siderúrgico dos EUA, insumo essencial para a produção de aço semiplano, que, por sua vez, é exportado para o mercado americano para a fabricação de produtos acabados, como automóveis.
No encontro, segundo comunicado do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin buscou separar a disputa comercial dos processos judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, apontados por Trump como motivo para a tarifa de 50%.
“O governo não tem ação sobre outro poder. Em relação à questão das tarifas, vamos trabalhar para reverter”, disse o vice-presidente.







