STJ manda empresa de marketing esportivo ressarcir a CBV
Terceira Turma do tribunal rejeitou recurso da SMP que pode ter que pagar R$ 10 milhões à confederação; companhia teria recebido comissões irregularmente
A Terceira Turma do STJ rejeitou um recurso da empresa de marketing esportivo SMP em uma disputa milionária contra a Confederação Brasileira de Vôlei.
A CBV acusa a SMP de receber comissões irregulares pela intermediação de contratos de patrocínio firmados com o Banco do Brasil, a Vulcabrás e a Gol na época em que quem mandava na confederação era Ary Graça, atual presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e que em maio do ano passado foi alvo de uma operação policial que investiga suspeitas de fraudes tributárias em Saquarema (RJ).
Em julho de 2018, a SMP foi condenada a ressarcir os valores pagos pela confederação. Em agosto passado, o presidente do STJ, ministro Humberto Martins, decidiu em favor da entidade esportiva em um recurso impetrado pela empresa.
A Terceira Turma acompanhou nesta semana o entendimento do presidente do tribunal de que a confederação teria direito ao ressarcimento e negou mais um recurso da companhia de marketing.
Segundo cálculos da CBV, o valor corrigido a ser pago seria de cerca de 10 milhões de reais.