O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman Benjamin, deu início ao processo de ampliação da sede da corte com a entrega ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do pedido formal para construir o último bloco previsto no projeto original do arquiteto Oscar Niemeyer.
Construído em forma de polígono, o edifício que abriga o tribunal vai incorporar, com a futura obra, o terreno onde hoje funciona um estacionamento interno, ao lado do auditório do STJ.
A visita ao local e entrega do ofício contou com a presença do ministro Luis Felipe Salomão, vice-presidente do STJ, do ministro Francisco Falcão, decano e ex-presidente da corte, do diretor-geral do tribunal, Sergio Americo Pedreira, e do presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Fernando Leite.
A entrega do ofício é a primeira etapa para a construção do novo bloco, que prevê a preservação das áreas verdes atualmente existentes. “É importante, após mais de 30 anos, finalizar o complexo do STJ, mais ainda quando se sabe da necessidade, por razões de segurança, de separar, em prédio próprio, todo o setor de tecnologia da informação”, disse Salomão.
“De um lado, ganhamos um novo espaço – o quarto prédio –, e igualmente daremos mais área verde para Brasília, em tempos de crise do clima, da biodiversidade e da saúde ambiental da população”, afirmou Benjamin.
Integração física do CJF ao STJ
Originalmente, Oscar Niemeyer havia projetado a sede do STJ com quatro blocos. Ela foi construída de 1990 a 1995. Segundo o arquiteto Joaquim Torreão, servidor do tribunal, a ampliação foi projetada mais tarde por Niemeyer e aprovada em 2008 junto ao governo do DF.
A ampliação da poligonal do STJ vai aumentar a área construída com cerca de 14.000 metros quadrados do novo bloco, com três andares e dois subsolos para garagem.
A ideia é ter mais espaço no STJ para aumentar a segurança física de dados, com a mudança da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação para o novo local.
O Conselho da Justiça Federal (CJF), também presidido pelo ministro Herman Benjamin e integrado por outros membros do tribunal, seria igualmente abrigado no novo bloco, liberando a sua sede atual, próxima à Ponte JK, para o funcionamento da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).