SUS terá tecnologias que ampliam em 12 vezes proteção de bebês contra VSR
Nirsevimabe e vacina recombinante serão incorporados ao Sistema Único de Saúde no 2º semestre de 2025

O Ministério da Saúde anunciou que o SUS vai incorporar duas novas tecnologias para prevenir complicações causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês. O vírus sincicial é associado a casos de bronquiolite.
Recomendadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), as tecnologias consistem no anticorpo nirsevimabe, indicado para proteger bebês prematuros e crianças até dois anos nascidas com comorbidades, e a vacina recombinante contra o vírus, dada em gestantes para proteger os bebês nos primeiros meses de vida. Ambas foram avaliadas durante a 137ª Reunião Ordinária da Conitec, que considerou o impacto positivo dessas medidas na prevenção de hospitalizações e óbitos infantis.
Segundo o governo federal, a vacina para gestantes tem potencial para prevenir cerca de 28 mil internações por ano e oferece proteção imediata aos recém-nascidos. Com a incorporação do nirsevimabe, a expectativa é ampliar a proteção para cerca de 310.000 bebês prematuros nascidos com até 36 semanas. Já a vacina para gestantes beneficiará aproximadamente 2 milhões de bebês nascidos vivos.
“A introdução dessas tecnologias representa um avanço significativo na proteção das nossas crianças, com redução das internações diante do alto número de casos. É um marco da nossa política de imunização e no cuidado de gestantes e bebês”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade.