Em meio à leva de tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a cerca de 16 países, entre eles o Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um levantamento apontando que a medida norte-americana que taxa os produtos brasileiros em 50% pode causar uma queda de até 0,16% do valor total do PIB brasileiro, o equivalente a 19,2 bilhões de reais.

O mesmo percentual de queda, segundo o estudo, se aplica ao PIB Chinês, além de provocar uma queda de 0,12% na economia global e uma retração de 2,1% no comércio mundial (483 bilhões de dólares).

No entanto, a CNI apontou que o principal prejudicado com a onda de tarifas são os próprios Estados Unidos, com uma potencial queda de 0,37%. Presidente da entidade, Ricardo Alban destacou o impacto negativo das barreiras tarifárias a todos os envolvidos nas negociações, e defendeu o uso da racionalidade.

“Os números mostram um perde-perde para todos, mas principalmente para os americanos. A indústria brasileira tem nos EUA seu principal mercado, por isso a situação é tão preocupante. A racionalidade deve prevalecer além das taxas impostas à importação de automóveis e aço de qualquer lugar”, disse.

O estudo também elencou os segmentos industriais brasileiros que mais exportam aos Estados Unidos (percentual do faturamento bruto). São eles:

• Indústria extrativa – 4,5% do total
  – Extração de petróleo e gás natural – 5,3%.
•  Indústria de transformação – 2,6% do total
  – Outros equipamentos de transporte (aeronaves e embarcações) – 22,1%;
  – Madeira – 17%;
  – Metalurgia – 10,1%;
  – Máquinas e equipamentos – 4,8%;
  – Couros e Calçados / Celulose e papel – 4,5%.

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