‘Tenho mais chance no 2º turno’, diz França sobre disputa ao governo de SP
Ex-governador defendeu ser capaz de furar bolha bolsonarista e atrair votos do eleitorado de centro-direita no estado
Em entrevista exibida nesta segunda, o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) voltou a defender que o postulante ao governo de São Paulo em uma possível federação entre PT e PSB seja definido pelo nome que estiver melhor colocado em pesquisas de intenção de voto.
O impasse para selar o acordo entre as legendas, hoje, é a escolha entre França e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) — nenhuma siglas, por enquanto, abre mão de lançar seus próprios candidatos ao Palácio dos Bandeirantes.
França defendeu ser capaz de furar a bolha bolsonarista e atrair votos do eleitorado de centro-direita — para além do público centro e centro-esquerda já tradicionalmente garantido por PT e PSB. O ex-governador citou resultados da eleição de 2018, em que teve 10 milhões de voto para o governo de São Paulo, enquanto Haddad, na disputa à presidência, teve apenas 7,5 milhões de votos no estado.
“Defendo que tenho mais chance para um segundo turno. Falei que, em maio ou junho, fazemos uma pesquisa, e quem estiver na frente será o candidato a governador, e todos vão respeitar. Aí se perde o argumento de falar que não aceita, pelo menos seria um critério objetivo”, disse França em entrevista à Carta Capital.
O ex-governador disse avaliar, ainda, que ter conseguido 48,25% dos votos na disputa ao governo em 2018, mesmo com uma campanha de João Doria que tentou associá-lo ao PT — taxando-o inclusive de “Márcio Cuba” –, foi um sinal positivo de que transita bem entre os diferentes espectros do eleitorado.