Em 2010, Tiririca surpreendeu o país ao ser o deputado federal mais votado do Brasil na sua primeira eleição, com mais de 1,3 milhão de votos. O ex-palhaço foi o grande puxador de votos do PR, antigo nome do PL, partido em que continua até hoje.
Mesmo discretíssimo na Câmara, o deputado conseguiu se reeleger em 2014 com outra votação expressiva, de pouco mais de 1 milhão de votos. O humorista foi o segundo mais votado do estado naquele pleito. Quatro anos depois, o número de eleitores que escolheram Tiririca caiu mais da metade. Em 2018, ele obteve 453.855 e foi o quinto mais votado entre os paulistas.
Agora correligionário do presidente Jair Bolsonaro e de muitos de seus aliados, o ex-puxador de votos se viu neste domingo na outra ponta da linha.
Com 71.754 votos recebidos em 2022, mais de 380.000 a menos que há quatro anos, o comediante foi “eleito por média”, ou seja, graças à votação de colegas de partido como Carla Zambelli, Eduardo Bolsonaro e Ricardo Salles, que tiveram de 946.244 a 640.918 votos e foram, respectivamente, os segundo, terceiro e quarto mais votados em São Paulo.
Com a derrocada eleitoral, Tiririca acabou ficando com a última das 70 vagas do estado na Câmara. Outros 17 candidatos tiveram mais votos que ele, mas não foram eleitos.