Venezuela fechou fronteira com Brasil, diz senador de Roraima
Dr. Hiran afirma ter acionado o Itamaraty para garantir retorno de caminhoneiros brasileiros ao território nacional

O senador Dr. Hiran (PP-RR) afirmou ter recebido a informação de que a Venezuela fechou a fronteira com o Brasil nesta sexta-feira, dia em que Nicolás Maduro toma posse para um novo mandato sob fortes críticas pela repressão à oposição antes, durante e depois das eleições.
“Acabo de ser informado de que a fronteira acaba de ser fechada pelo governo tirano da Venezuela, prejudicando, assim, o trânsito de brasileiros, principalmente os caminhoneiros que estão voltando para o Brasil e que levam carga, víveres e mercadorias para o povo venezuelano”, disse o parlamentar em vídeo.
Pouco antes de embarcar em um voo de Boa Vista para Brasília, o senador declarou ter acionado o Itamaraty com um pedido de providências urgentes para garantir o retorno dos caminhoneiros e outros brasileiros que possam ser sido impedidos de cruzar a fronteira.
De acordo com Dr. Hiran, a fronteira foi fechada na manhã desta sexta-feira. Militares da Guarda Bolivariana reforçam a segurança na aduana de Santa Elena de Uairén, enquanto a situação segue tranquila no lado brasileiro, em Pacaraima, município de Roraima.
“O governo brasileiro deve buscar, de forma diplomática, porém firme, o diálogo com as autoridades venezuelanas, visando à reabertura da fronteira e ao retorno seguro dos caminhoneiros brasileiros ao nosso país”, escreveu o parlamentar em ofício ao Ministério das Relações Exteriores, ressaltando a importância de proteger a soberania nacional e o direito de livre trânsito dos cidadãos.
A reeleição de Maduro foi marcada por denúncias de irregularidades e questionamentos de opositores, como Edmundo González, que afirma ter vencido o pleito e busca apoio internacional contra o governo venezuelano.
O fechamento da fronteira afeta diretamente caminhoneiros brasileiros que transportam mercadorias essenciais à população venezuelana. Além disso, compromete o abastecimento em ambos os lados da fronteira, arriscando uma intensificação da crise humanitária na Venezuela.