O ex-ministro Eduardo Pazuello não está disposto a repetir o comportamento acuado e nervoso de Ernesto Araújo na CPI da Pandemia.
General da ativa, o ex-ministro da Saúde rejeitou o auxílio de assessores que pretendiam treinar suas respostas na comissão e confidenciou a aliados que pretende surgir na CPI envergando a chamada túnica verde oliva, o fardamento do Exército.
O ex-ministro foi aconselhado a não usar a farda porque o ato soaria como provocação aos senadores. Pazuello, no entanto, retrucou, segundo um aliado, dizendo que há uma regra na caserna sobre como o militar deve se vestir em eventos oficiais e que é preciso lembrar aos senadores que ele não é um ex-ministro qualquer. É um general do Exército.
“É uma forma de o Pazuello lembrar a todos que é general do Exército e que o Renan é o Renan”, diz um aliado do ex-ministro.
ATUALIZAÇÃO, 12H35 — Depois de o Radar revelar que Pazuello planejava ir fardado à CPI, senadores acionaram o comandante do Exército, Paulo Sérgio, na noite de terça para evitar o show do general. Omar Aziz, num telefonema com Paulo Sergio, garantiu que o general não apareceria fardado.