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Real Estate

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Grandes negócios e tendências do mercado imobiliário. Renata Firpo é publicitária, consultora imobiliária e advogada pós-graduada em Direito imobiliário

As novas oportunidades de investimentos no mercado de Miami

O novo polo de atração é o Nobe District

Por Renata Firpo
Atualizado em 6 nov 2025, 17h08 - Publicado em 6 nov 2025, 16h30

Quando se fala de Miami, nos Estados Unidos, costumamos pensar em praias maravilhosas, coqueiros, prédios luxuosos, muito sol, diversão e ostentação. Para além desses clichês, a primeira coisa a se saber é que a cidade faz parte de uma relação de 34 municípios que, juntos, formam o condado de Miami-Dade. Muitos locais que brasileiros costumam chamar de bairros são, na verdade, cidades. Essa é uma informação importante, pois cada um desses lugares tem um perfil próprio: eles têm autonomia legislativa, recebem incentivos públicos de forma diferenciada e possuem regras bem particulares que impactam bastante no planejamento urbanístico e imobiliário local.

Em termos práticos, Miami é dividida em duas partes: um conjunto de ilhas e o continente. A parte continental vem se desenvolvendo em uma velocidade impressionante, com projetos imobiliários gigantes e bilionários, restaurantes premiados, uma agenda enorme de eventos de peso internacional, como o Miami Open de tênis, a famosa feira de arte Art Basel e o Miami Boat Show. O lugar virou destino para muitas empresas globais se instalarem, como Apple, Goldman Sachs, Citadel, Amazon e Uber. Além de tudo isso, a região é considerada a capital dos cruzeiros do mundo, pois conta com um porto que, ano passado, recebeu mais de 8 milhões de passageiros e que movimenta milhões de dólares, sendo um dos motores econômicos de todo o condado.

A outra parte, um conglomerado estreito de diversas ilhas, no entanto, passou por picos de desenvolvimento, mas caminhou a passos mais curtos e lentos se comparada ao outro lado. A faixa litorânea conhecida como Miami Beach é como uma grande ilha ligada por quatro pontes ao outro lado e formada por um conjunto de aproximadamente seis cidades, que começa em South Beach, ao sul, e vai até Golden Beach, ao norte. A faixa litorânea tem aproximadamente 20 quilômetros de praias paradisíacas, com areias brancas e águas cristalinas.

Até os anos oitenta, tudo que se conhecia sobre Miami Beach era o glamouroso hotel Fontainebleau que recebia os concursos de Miss Universo e personalidades famosas como Frank Sinatra. Nos anos noventa, a parte litorânea do condado foi se desenvolvendo nos dois extremos, com mais opções de serviços e entretenimento na parte sul e com o desenvolvimento de Bal Harbor, mais ao norte, com a chegada do shopping de luxo que leva o mesmo nome e de prédios enormes frente ao mar. Posteriormente, de 2000 a 2015, Miami Beach foi alterando seu plano diretor e código de obras e edificações em uma série de pontos, permitindo a implantação de altos edifícios residenciais e hoteleiros que tomaram conta da paisagem.

Somente uma área em toda essa região não acompanhou esse desenvolvimento, a faixa chamada de North Beach, uma área de aproximadamente 1 milhão de metros quadrados. A administração pública local, por muitos anos, foi relutante em alterar seu plano diretor e, por consequência, as incorporadoras não investiam no lugar, pois não viam sentido em construir edifícios baixos, com uma margem pequena de lucratividade. Em 2016, no entanto, essa realidade mudou e foi aprovada a criação de um novo distrito, o Nobe District. O projeto do novo destino, feito a quatro mãos entre o poder público e a iniciativa privada, em especial as empresas do mercado imobiliário, foi registrado e divulgado para toda a população e começou a ser implantado em etapas que englobam o desenvolvimento de mais infraestrutura, ampliação do parque existente, paisagismo, escolas, serviços de saúde e, claro, muitos empreendimentos imobiliários residenciais e hoteleiros.

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Dez anos depois da aprovação do Nobe District, já é possível ver a transformação do lugar, com vários canteiros de obras que, nos próximos dois anos, estarão preenchidos com prédios modernos e luxuosos, valorizando de vez a última faixa de Miami Beach e colocando essa área no radar de muitos investimentos. Com essa novidade, um dos que mais estão comemorando é o bilionário Russell Galbut que, à frente de sua empresa familiar de investimentos, a GFO Investments, figura entre os desenvolvedores imobiliários mais influentes em Miami Beach, sendo proprietário de diversos terrenos na região. O edifício Five Park, de 48 andares, por exemplo, considerado um marco por ser o primeiro novo arranha-céu residencial em Miami Beach depois de muitos anos, foi desenvolvido por Russell Galbut.

No perímetro reservado para o novo destino Nobe District, a GFO Investments já tem um empreendimento imobiliário que inaugurou por volta de junho deste ano, durante o verão norte-americano, o edifício de luxo 72 Park Miami Beach, a 250 metros da praia, com 22 andares e 260 residências de um a três dormitórios com preços a partir de 750 mil dólares. Construído no modelo híbrido hotel / residência, a incorporadora mira um público de investidores como clientes compradores porque as unidades são comercializadas com a garantia de poder serem alugadas por curto período, ao estilo de negócio do Airbnb. Para um destino turístico como Miami Beach e empreendimentos como 72 Park que são completos em estrutura e lazer, faz todo sentido esse tipo de locação, pois a demanda é justamente por imóveis para curta temporada e, com a renovação da região, essa demanda tende a aumentar ainda mais.

A GFO Investments está com outros dois lançamentos ainda sem a construção ter iniciado, que são vizinhos ao recém-inaugurado 72 Park Miami Beach, voltados para moradia e também sem restrição de período mínimo de locação, informação que hoje é o carro-chefe para atrair compradores e investidores. Um desses empreendimentos é o Palma, que virou destino de investimentos de muitos brasileiros apostando no sucesso do investimento quando toda a região estiver completamente desenvolvida. Das 126 residências com plantas que variam de 45 a 90 metros quadrados, distribuídas em 14 andares, 35% já foram comercializadas. O Palma promete ser um residencial de luxo que vai nortear os outros empreendimentos que chegarão, pois os projetos de design de interiores e a arquitetura foram assinados por grandes nomes do mercado, como o Studio Ramirez e a Built Form, contribuindo bastante para a valorização imobiliária do entorno.

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Com a consolidação do Nobe District e a chegada de novos empreendimentos de luxo de uso misto, Miami Beach finaliza seu desenvolvimento, reafirmando sua vocação histórica para o glamour e o bem-viver. O norte da ilha, antes subvalorizado, tornou-se agora um polo estratégico de investimentos imobiliários atraindo capital internacional, incorporadoras e marcas que veem na região o novo eixo de valorização da cidade. Um destino não apenas turístico, mas o endereço mais promissor para quem busca investir em qualidade, liquidez e futuro.

 

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