A demissão do assessor de Ideli, a pergunta que grita e a privatização do estado
Leio na VEJA.com que “a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Ideli Salvatti, demitiu, nesta sexta-feira, o assessor especial Idaílson José Vilas Boas Macedo”. O texto informa ainda que a decisão foi tomada depois que a versão online do Estadão informou que, segundo o inquérito da Operação Miqueias, da Polícia Federal […]
Leio na VEJA.com que “a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Ideli Salvatti, demitiu, nesta sexta-feira, o assessor especial Idaílson José Vilas Boas Macedo”. O texto informa ainda que a decisão foi tomada depois que a versão online do Estadão informou que, segundo o inquérito da Operação Miqueias, da Polícia Federal (PF), Macedo atuava como lobista da quadrilha acusada de pagar propina a prefeitos para direcionar investimentos de fundos de pensão municipais.
Idaílson “está exonerado de suas funções a partir da data de hoje”, informa nota. A ministra determinou também a abertura de sindicância para apurar as acusações contra ele.
Muito bem, meu caro leitor. Como diria Padre Vieira, “pelo costume, quase não sente”. O rapaz é filiado ao PT de Goiás. Agora vem a informação que nos conduz à questão que grita: esse sujeito foi nomeado em março do ano passado. Está na função há apenas um ano e meio. É pouco tempo para ter ficado, digamos, tão safo; é pouco tempo para transitar com tanta desenvoltura.
A questão que insiste em gritar, então, é esta: ele foi nomeado e, no meio do caminho, se desvirtuou ou só foi parar no cargo porque conduzido pelo esquema a que, segundo a Polícia Federal, ele servia? Não sei vocês, mas eu fico cá a pensar. Como são escolhidos esses “assessores”? Que tipo de valor ou qualidade se procura em seus respectivos currículos? Como é que um ministro, ou a cúpula de um ministério, fica sabendo que Fulano é adequado para o cargo?
É patético! O PT, que empreendeu uma reestatização da economia em alguns setores (elegendo, claro!, alguns empresários amigos para premiar), privatizou o único bem que governo nenhum tem o direito moral de privatizar: o estado!