A assessoria da Editora Objetiva, que publica o livro Falcão: Mulheres e O Tráfico, de MV Bill e Celso Athayde, enviou-me a mensagem que segue. Leiam. Comento em seguida:
Com referência a coluna O Hip Hop da Petrobras, publicada na revista Veja do dia 22 de julho de 2009, a Editora Objetiva tem a informar:
1. Em 9 do novembro de 2006, assinou contrato para a publicação do livro Falcão: Mulheres e o Tráfico com a empresa R.A.Brandão Produções Artísticas, indicada pelos autores da obra, MVBill e Celso Athayde, como detentora dos direitos autorais da mesma.
2. O contrato segue as normas e práticas de mercado e os autores assinaram como Intervenientes Anuentes.
3. Os recursos para a publicação da obra e a remuneração dos direitos autorais dos autores foram integralmente supridos pela Objetiva. A publicação não contou com qualquer tipo de patrocínio, apoio ou benefício fiscal, seja da Petrobras, empresa citada na matéria de Veja, ou qualquer outra.
4. Desde a sua publicação, em 8 de novembro de 2007, Falcão: Mulheres e o Tráfico vendeu 11.379 exemplares. Esta venda gerou R$ 61.712 de direitos autorais devidamente pagos a detentora dos direitos autorais.
5. A Editora Objetiva não tem informações sobre outras atividades comerciais da empresa R.A.Brandão Produções Artísticas, além de sua função como detentora dos direitos autorais da obra Falcão: Mulheres e o Tráfico.
Atenciosamente,
Comento
Acredito no que diz a Objetiva. A editora não praticou, até onde acompanho, estranheza nenhuma. Se os dois autores apresentaram a R.A. Brandão como detentora dos direitos, causa liquidada. A empresa está legalmente registrada? Se está, as obrigações da Objetiva terminam aí.
Desde sempre, o que causa estranheza é outra coisa, não? É o fato de Raphael de Almeida Brandão ser, provavelmente, o mais polivalente dos trabalhadores brasileiros. Dos direitos autorais de MV Bill, passando por assessoria na área naval (!!!), a bufê em obra de terraplenagem, nada escapa à diligência desse moço, dono de três empresas que não estão localizadas nos endereços fornecidos à Receita. Duas delas, num único ano, prestaram serviços de mais de R$ 8 milhões à Petrobras. Uma outra venceu licitação num tal Observatório de Favelas, área em que também atua MV Bill, o todo-poderoso da CUFA (Central Única das Favelas).
A Objetiva, até onde acompanho, não tem nada com isso. Faz o contrato com quem os autores mandam fazer o contrato. E ponto.