A fala de um sanguinário. Incrível! Ela coincide com as “ecoescatologias” do miolo mole
“A ordem internacional precisa ser redesenhada para servir tanto às necessidades materiais quanto espirituais dos seres humanos. No mundo futuro, a justiça e a compaixão devem ser institucionalizadas e tomar o lugar da inveja e do egoísmo.” “Como líderes da nossa sociedade, precisamos nos comprometer a mobilizar os nossos recursos para construir uma sociedade global […]
“A ordem internacional precisa ser redesenhada para servir tanto às necessidades materiais quanto espirituais dos seres humanos. No mundo futuro, a justiça e a compaixão devem ser institucionalizadas e tomar o lugar da inveja e do egoísmo.”
“Como líderes da nossa sociedade, precisamos nos comprometer a mobilizar os nossos recursos para construir uma sociedade global que seja dedicada à promoção das capacidades humanas. Precisamos fazer isso juntos, com sinergia, para fazer prosperar os talentos dos seres humanos para realizarmos as nossas aspirações e objetivos comuns.”
As palavras acima não são de Marina Silva. Mas poderiam ser.
As palavras acima não são de Ban Ki-Moon, mas poderiam ser.
As palavras acima não são de um líder do Greenpeace. Mas poderiam ser.
Esses são trechos do discurso do ditador e terrorista Mahamoud Ahmadinejad, presidente do Irã. É aquele país que condena mulheres ao apedrejamento — eventualmente, pode perdoá-las — e que enforca “hereges” e homossexuais em guindastes, em praça pública. Também é o país que desenvolve um programa nuclear secreto. Ahmadinejad, em pessoa, é um negador do holocausto e já afirmou que pretende varrer Israel do mapa. Financia ainda milícias na Síria e grupos terroristas no Líbano (Hezbollah), na Faixa de Gaza (Hamas) e no Iraque. Ah, sim: Teerã é uma das cidades mais poluídas e, bem…, “pouco sustentáveis” do mundo.
E daí? Está na “Rio+20″ falando em nome do bem da humanidade. A propósito: nunca se viu um facínora dizer assim de si mesmo: “Sou facinoroso mesmo e daí?”. As frases estão em reportagem de Isabel Fleck e Eduardo Gerarque, na Folha Online.
Ele afirmou que o mundo passa por uma crise moral e que tem de ser reconstruído “com base em uma visão holística, que se baseie em um Deus único”. Essa parte do “Deus único” pode ter gerado alguma resistência. Os fãs de “Avatar” logo perguntam: “Mas a gente pode cultuar a Árvore da Vida”? Provável leitor de Frei Betto e de Leonardo Boff, disse ainda: “Precisamos de uma abordagem holística para redefinir a humanidade no seu sentido real, através da participação, da cooperação e da compreensão.”
Ahmadinejad para presidente da sociedade global!
Eis aí, queridos! Sempre que um valor mais alto do que a democracia se alevanta — como a “salvação do planeta”, por exemplo —, gente como esse terrorista asqueroso fala como se fosse um humanista.