A Polícia Federal indiciou 19 pessoas no inquérito que investigou a suspeita de “compra” de medidas provisórias em benefício do setor automotivo, através da contratação conjunta de escritório de lobby. Entre os inidiciados estão a ex-secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e da Receita Federal, Lytha Spíndola, e representantes das empresas Caoa, da montadora Hyundai, e MMC, da Mitsubishi, por suspeita de corrupção ativa. José Roberto Batochio, advogado do dono da Caoa, Carlos Alberto Oliveira Andrade, disse que é “absurda a alegação de pagamento de propina para comprar a Medida Provisória que beneficiou o setor automotivo”. Afirmou ainda o seguinte: “Muitas montadoras aderiram ao programa do governo e investiram em polos menos desenvolvidos. Seria bisonho a Caoa, sozinha, patrocinar uma atividade ilícita para beneficiar concorrentes”.