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Reinaldo Azevedo

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Em SP, temas locais decidem eleição de importância nacional

De saída, candidatos terão de definir uma estratégia: apostam no derretimento de Russomanno ou o deixam quieto para e se ocupam apenas da segunda vaga?

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h06 - Publicado em 16 ago 2016, 05h17

Dado o início das campanhas eleitorais municipais, como de hábito, os olhos do país estarão voltados para São Paulo. Embora as questões municipais decidam eleições — vale dizer: os temas nacionais têm um peso discreto —, o fato é que, na maior cidade do país, as máquinas partidárias travarão batalhas de gente grande. O eleitor escolhe segundo questões locais, mas os temas nacionais acabam dividindo as forças políticas.

O quadro de São Paulo vai ainda propor aos candidatos uma charada: qual será a melhor estratégia para enfrentar Russomanno?

É a inflexão puramente municipal, a sua presença em programa vespertino de TV e aquele hábito conhecido de dar respostas simples e erradas para problemas difíceis que fazem Russomanno liderar a disputa. Pesquisa Datafolha de meados de julho lhe confere 25% das intenções de voto. Ficou conhecido como um dito defensor dos consumidores.

É candidato de um partido pequeno, o PRB, mas que é ligado à poderosa Igreja Universal do Reino de Deus. Como vice, tem Marlene Machado (PTB), mulher do deputado federal Campos Machado. As duas legendas integram a base do governo Michel Temer e são detentoras de ministérios.

Temer tem sua candidata na maior capital: é a ex-petista Marta Suplicy, hoje no PMDB, que tem como vice o vereador Andrea Matarazzo, ex-tucano que migrou para o PSD, do ministro Gilberto Kassab. Aparece no Datafolha com 16%, em segundo lugar. Nas simulações de segundo turno, Russomanno venceria todos os adversários, inclusive Marta. Exceção feita ao candidato do PRB, é ela quem bateria todos os oponentes.

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Na terceira colocação, com 10%, vem a ex-prefeita e deputada federal Luíza Erundina (PSOL). Tem contra si o fato de que disporá de um tempo mínimo no horário eleitoral. Mas também dispõe de uma facilidade: ficará na confortável situação de bater em todo mundo — é o que o PSOL costuma fazer nas disputas.

João Doria disputará pelo PSDB com uma chapa puro-sangue, tendo o deputado federal Bruno Covas (SP) como vice. É o candidato do governador Geraldo Alckmin e deve ser o nome com o maior tempo na propaganda eleitoral em razão das alianças costuradas pelo governador. Doria tem 6% no Datafolha, mas até seus adversários apostam que vai crescer com o apoio de Alckmin.

Ainda que amargue índices impressionantes de impopularidade, é evidente que Fernando Haddad, do PT, com 8%, não pode ser descartado de saída como eventual concorrente num segundo turno. Terá como vice o deputado Gabriel Chalita (PDT), que já viveu dias melhores, mas que ainda conta com penetração razoável em setores da classe média.

Os candidatos começam a ir às ruas hoje. Vamos ver que resposta lhes dará o eleitorado.

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Estratégias
Qual será a escolha dos marqueteiros? Todos se unirão para ver se Russomanno derrete, ou o melhor a fazer é deixar o líder quieto, travando uma batalha feroz no patamar inferior para conquistar a segunda vaga e, então, enfrentar o outro para valer só no segundo turno?

Em 2012, não fosse o trabalho petista de desconstrução da imagem do agora candidato do PRB, este teria passado para o segundo turno. É pouco provável que a legenda entre nessa agora. Tudo indica que os petistas vão tentar é desconstruir a imagem de Marta, a antiga aliada, de quem Haddad, lembre-se, foi subsecretário.

Doria certamente vai mirar a gestão petista, mas é evidente que só será prefeito se conseguir passar para o segundo turno, o que faz de Marta um alvo em potencial, especialmente porque o vice da peemedebista é um dissidente tucano, que rompeu com o partido acusando o adversário interno de cometer irregularidades nas prévias.

Vamos ver. A disputa em São Paulo tem tudo para reduzir o petismo à sua expressão mínima na cidade.

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Em si, já seria uma boa notícia. Mas tudo vai depender da campanha.

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