Na reta final do julgamento do impeachment, mais um duro golpe contra o PT e Dilma Rousseff. Não! Não se trata de um golpe político, desses que o partido vive falsamente denunciando. Estamos a falar do golpe da realidade.
O Ministério Público denunciou o ex-ministro Paulo Bernardo e mais 19 pessoas em razão das investigações da Operação Custo Brasil, um dos desdobramentos da Lava Jato. Segundo a força-tarefa, o ex-ministro do Planejamento e das Comunicações chefiou um esquema milionário de desvios de recursos envolvendo empréstimos consignados a servidores. O centro da operação era o Planejamento, por intermédio da empresa Consist.
Bernardo chegou a ser preso, mas liminar concedida pelo Supremo mandou libertá-lo. Segundo a investigação, Paulo Bernardo foi pessoalmente beneficiado com R$ 7 milhões oriundos da sujeira.
O ex-ministro é marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ela também ex-ministra da Dilma (Casa Civil) e membro mais ativo da turma que ainda tenta resistir ao impeachment.
Como diria o poeta, com o naufrágio de Paulo Bernardo, vai-se a última nau de Dilma ao sol aziago. Acabou, né?
A queda de Paulo Bernardo não deixou de surpreender até mesmo os adversários do PT. Não que ele fosse considerado imune àquelas que sabemos práticas habituais do partido. O que causa certo espanto e o seu grau de comprometimento com a lambança, a estarem certas as investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.
Bernardo era tido como uma espécie de reserva ética do PT, de homem comprometido com a causa pública, ainda que se pudesse discordar dele.
Pois é… PT e ética, tudo indica, são como água e óleo. Não há risco de haver mistura homogênea.