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Uma gravação apresentada às autoridades brasileiras pelo ex-diretor da SBM Offshore Jonathan Taylor sugere que a propina paga pela empresa holandesa para fazer negócios com a Petrobras pode ter atingido 5% em alguns casos. A gravação faz parte do pacote de documentos que Taylor entregou à CGU (Controladoria-Geral da União) durante a campanha eleitoral do ano passado e registra uma reunião ocorrida na sede da empresa holandesa em 2012. A reunião ocorreu no dia 27 de março de 2012, e teria oferecido uma das primeiras pistas de que havia corrupção nos negócios da SBM com a Petrobras. A empresa holandesa aluga plataformas de petróleo para a estatal brasileira. Participaram da conversa o próprio Taylor, na época assistente de uma auditoria interna, o principal executivo da SBM, Bruno Chabbas, e o ex-diretor Hanny Tagher, então agente da empresa em vários países.
Durante a conversa, Tagher foi questionado por Chabbas sobre a atuação do lobista Julio Faerman, representante da empresa no Brasil. Tagher explicou que Faerman cobrava comissões equivalentes a 3% dos pagamentos que a SBM recebia da Petrobras. Segundo ele, o lobista dizia que ficava com 1% e distribuia os 2% restantes. Em alguns casos, segundo Tagher, as comissões podiam chegar a 4% ou 5%. “A história padrão [de Faerman] era de que 1% era para ele e 2% para ser desembolsado, às vezes 4%, 5%”, disse Tagher. Taylor então perguntou: “Isso ia para as pessoas da Petrobras?”. Tagher respondeu: “Sim”.
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