“Provão” de jornalismo incorpora pauta do PT e vira lixo ideológico
Um amigo me enviou a prova do Enade (o antigo provão) dos estudantes de jornalismo. Há várias formas combinadas de lixo ideológico e até, pasmem!, erro de ortografia. Não vou esgotar o tema neste post. Escreverei alguns a respeito ao longo das horas e dos dias. A prova é composta de 40 questões — 35 […]
Um amigo me enviou a prova do Enade (o antigo provão) dos estudantes de jornalismo. Há várias formas combinadas de lixo ideológico e até, pasmem!, erro de ortografia. Não vou esgotar o tema neste post. Escreverei alguns a respeito ao longo das horas e dos dias. A prova é composta de 40 questões — 35 testes e cinco discursivas (no máximo, 15 linhas).
Sim, claro, o dito “controle social da mídia” chegou ao exame. Vejam:
Observem que nem mesmo há um segundo texto que exponha uma visão contrária. Trata-se de um filtro de natureza ideológica. O estudante que eventualmente discordar do que vai acima não vai ser besta de dizer o que realmente pensa. Para gáudio do examinador, se limitará a fazer perífrases entusiasmadas do que lhe foi apresentado como estímulo. Trata-se, como se sabe, da agenda de um partido político, como deixou claro o mais recente documento oficial da direção do PT.
Há coisa pior, como vocês verão em posts futuros. Há testes de rara boçalidade. Abaixo, destaco a questão 28. Prestem atenção! Volto em seguida.
Voltei
Espantoso! A qualquer leitor apenas razoável ficará evidente que, da leitura do texto, não se pode deduzir nenhuma das três afirmações. Trata-se de uma questão aloprada. Assim, restará ao estudante ignorar a referência e se fixar apenas nas proposições em si.
E agora vem o pior. Sabem qual alternativa o examinador considera a correta? A “E”. isso quer dizer que, para o Enade, para o Ministério da Educação, “de modo geral, as fontes oficiais são mais confiáveis”!!! É um escracho. Um aluno que tenha feito um curso apenas razoável de jornalismo aprendeu que uma das obrigações do jornalista é considerá-las, em princípio, “pouco confiáveis”, daí a necessidade de buscar fontes alternativas, de confrontar as informações com dados objetivos, de apurar se a versão oficial coincide com os fatos. A verdade está no exato oposto: com raras exceções, as fontes oficiais são as MENOS CONFIÁVEIS.
Exemplos de fontes oficiais que falaram a verdade em vários momentos da vida nacional: Lula, José Dirceu, José Genoino, Guido Mantega (e suas taxas de crescimento), Aloizio Mercadante…
É uma piada grotesca!