(leia primeiro o post acima)
Jackson Lago, governador do Maranhão, foi cassado porque, como candidato, participou de uma solenidade comandada pelo seu antecessor, José Reinaldo Tavares. Tratava-se da celebração de um convênio.
O ministro Ricardo Lewandowski votou pela cassação, descaracterizando, no entanto, essa acusação. Fixou-se numa outra de compra de votos propriamente dita. Foi seguido por Eros Grau. Dois ministros votaram pela absolvição. Mas os três outros — Felix Fischer, Fernando Gonçalves e Ayres Britto — consideraram que a presença no palanque era, sim, caso de cassação. A situação de Dilma é idêntica. A diferença é que Lula é menos sutil do que José Reinaldo…
Ayres Britto, com retórica sempre larga, espantou-se: “Eu nunca vi isso na minha vida, uma celebração de convênio em palanque. Se isso não significa uma violação frontal ao princípio da impessoalidade, eu não sei mais o que é impessoalidade”. Eis uma boa pergunta para Britto no que diz respeito a Lula e Dilma: “O que é impessoalidade?”
O tribunal que é forte contra um inimigo de Sarney no Maranhão é forte contra uma amiga de Lula?