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Reinaldo Azevedo

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Volta a circular artigo delinquente de coordenador da campanha de Russomanno que atribui à Igreja Católica os kits gays de Haddad; texto está na página de Edir Macedo

Eu não conhecia a delinquência. Fiquei sabendo dela nesta madrugada em razão de uma reportagem da Folha (ver post abaixo). Em 2011, o presidente do PRB e “bispo” da Igreja Universal Marcos Pereira publicou um artigo em que atribuía à Igreja Católica os kits gays preparados pela gestão de Fernando Haddad para ser distribuídos nas […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 07h53 - Publicado em 14 set 2012, 07h43
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    edir macedo russomanno (/)

    Eu não conhecia a delinquência. Fiquei sabendo dela nesta madrugada em razão de uma reportagem da Folha (ver post abaixo). Em 2011, o presidente do PRB e “bispo” da Igreja Universal Marcos Pereira publicou um artigo em que atribuía à Igreja Católica os kits gays preparados pela gestão de Fernando Haddad para ser distribuídos nas escolas. Pereira é hoje o coordenador da campanha de Celso Russomanno à Prefeitura de São Paulo. Leiam a sandice de Marcos Pereira. Volto em seguida:

    Estamos vivendo a política da catequização da Igreja de Roma e, por isso, certamente, estamos vivendo os últimos dias. Dias que minha querida avó jamais imaginou viver. Um tempo em que, por anos a fio, os “poderosos de púrpura” de Roma têm controlado a educação em nosso País.
    Dias de absurdos e depravações. Dias em que filhos e netos chegam à escola e recebem “kits” distribuídos pelo próprios professores lhes ensinando como serem gays ou como optarem por serem gays. É este o programa “educacional” que o Ministério da Educação planeja adotar nas escolas públicas do nosso Brasil, sem sequer perguntar aos pais se eles concordam ou apoiam a iniciativa.
    Simplesmente nos impõem a ditadura das minorias. Isso mesmo: a ditadura das minorias!
    Estamos vivendo dias em que as minorias impõem à sociedade seus “valores e caprichos”. Não há outra explicação. Obrigar os menores brasileiros a estudarem um suposto material didático que incentiva a prática da homossexualidade e entenderem isso como algo normal, é, sem dúvida, a imposição da ditadura das minorias. Pior que fazem isso com a ilógica tese da política de conscientização contra a homofobia ou contra a discriminação das preferências sexuais.
    Imagine seu filho ou sua filha chegando da escola e dizendo, com toda a inocência de uma criança, que decidiu ser homossexual após assistir a um vídeo na escola? Qual seria a sua reação? Você aceitaria essa situação com tranquilidade e de forma normal?
    Provavelmente não! Certamente que não!
    E pior: o mesmo Ministério da Educação que defende os livros e vídeos em defesa do homossexualismo é também o responsável pelos péssimos índices da educação do nosso País. Você sabia que, no ranking mundial de qualidade da educação da ONU, o Brasil ocupa a vergonhosa 88ª posição, atrás de países como Bolívia, Colômbia e Paraguai?
    As autoridades já impuseram a nós, brasileiros, o ensino religioso nas escolas públicas. A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, por exemplo, acabou de votar a criação de 600 cargos para professores de ensino religioso. As contratações custarão aos cofres públicos mais de R$ 15 milhões, dinheiro dos impostos que você, eu e toda a sociedade pagamos rotineiramente.
    Agora, tentam nos impor os famigerados “kits gays”.
    Até quando o Vaticano terá o controle das ações do governo, seja federal, estadual ou municipal?
    Até quando o Brasil do século 21 continuará se curvando às “batinas púrpuras” de Roma?
    Precisamos salvar o Brasil e torná-lo um país verdadeiramente laico, completamente livre da influência da religião.
    Marcos Pereira
    Advogado, especialista em Direito e Processo Penal pela Universidade Mackenzie,
    Presidente Nacional do PRB – Partido Republicano Brasileiro

    Voltei
    Os kits de Haddad são, sim, um lixo didático, pedagógico e ético — em vez do combate à homofobia, há lá só proselitismo —, mas é evidente que a Igreja Católica não tem nada com isso. AO CONTRÁRIO: O MATERIAL FOI CRITICADO. Tanto a militância está às turras com a Igreja que a Parada Gay do ano passado levou à avenida provocações asquerosas à Igreja Católica, com modelos caracterizados como santos em poses e trajes, digamos, eróticos (mais aqui). O caso gerou um veemente protesto até de Silas Malafaia, que é pastor da Assembleia de Deus, mas considerou a ação ofensiva. O Ministério Público tentou processá-lo por isso, mas a ação, felizmente, foi extinta (clique aqui para saber mais).

    Pois bem. O cardeal dom Odilo Scherer emitiu uma nota veemente de protesto contra o artigo, que voltou a circular freneticamente nestes dias. Já informei aqui que os “obreiros visitadores” de Russomanno estão abordando intensamente o kit gay no corpo a corpo com os eleitores. Assim, deixou de ser uma coisa velha e voltou a ser uma coisa nova. O artigo de Pereira está no site de Edir Macedo, como se pode ver na imagem abaixo. Vejam. Volto para encerrar.

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     edir macedo russomanno

    Encerro
    Reitero: é fora de questão que os kits gays de Haddad são um absurdo sob qualquer ponto de vista que se queira. Até Dilma Rousseff achou isso. O TCU cobrou explicações sobre o gasto inútil de dinheiro público. Mas atribuir a façanha à Igreja Católica é uma mentira asquerosa.

    Que eleição esta! Um candidato não consegue andar pelas próprias pernas e precisa se ancorar em três padrinhos: Lula, Dilma e Marta. Outro, mais modesto, tem um padrinho só: Edir Macedo!

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