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Vale a pena ler de novo o que saiu nas páginas de VEJA em quase cinco décadas de história
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Em 2007, surgia o 1º iPhone, e o mundo nunca mais seria o mesmo

Reportagem de VEJA de dez anos atrás apontou Steve Jobs, líder da Apple, como o Henry Ford do século XXI

Por Da redação
Atualizado em 14 set 2017, 22h35 - Publicado em 14 set 2017, 21h38

Se o lançamento dos novos modelos de Iphone (8, 8 Plus e X), nesta semana, causou a celeuma vista terça-feira, 12, imagine o que aconteceu com o anúncio dos primeiros produtos da marca que revolucionou os aparelhos celulares do mundo. Na edição 1.991, de 17 de janeiro de 2007, VEJA dedicou sua capa a esse evento histórico e apresentou a seus leitores o smartphone que viraria mania também no Brasil.

A reportagem de apenas dez anos atrás (a gente se habituou tanto com as inovações trazidas pelo aparelho que parece bem mais tempo) não poupou elogios ao smartphone e à Apple. “As tecnologias refinadas, dizia Carl Sagan, funcionam como mágica. O iPhone, o telefone celular da Apple com acesso à internet e música de qualidade, é um exemplo.” E apresentava, maravilhada, o sistema touchscreen: “Passa-se o dedo levemente sobre a superfície da tela e as imagens deslizam na mesma direção como que impulsionadas por uma força invisível. Movam-se os dedos indicador e polegar como uma pinça que se se abre sobre a tela e a imagem imediatamente é ampliada. O movimento contrário encolhe a imagem.”

Edição de 2007 apresentava aos leitores o revolucionário iPhone original
Edição de 2007 apresentava aos leitores o revolucionário iPhone original (Reprodução)

Os adjetivos se estenderam ao presidente da Apple, Steve Jobs. “A apresentação do iPhone na semana passada entroniza o americano Steve Jobs, de 51 anos, como o Henry Ford do século XXI, o empreendedor que está criando não apenas as máquinas mais extraordinárias mas fazendo-o de modo que elas sejam acessíveis, se não às massas, a milhões de pessoas.”

A reportagem segue e dedica vários trechos a detalhes do novo aparelho — “O iPhone é multitarefa: consulta-se a web ao mesmo tempo em que se baixam e-mails em um segundo plano”— e ressalta o tamanho e a importância do lançamento da Apple: “A criação do iPhone produziu 200 novas patentes para a empresa. Isso é o dobro do que o Brasil registra em um ano”.

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Finalizando o texto, o serviço para os então ansiosos amantes de tecnologia. “O iPhone chega ao mercado americano em junho, em duas versões:

  • 8 gigabytes de memória
  • 2 000 músicas, ou 25 000 fotos, ou 10 horas de vídeo
  • Preço: 599 dólares

O modelo de 4 gigabytes custará 499 dólares.”

Quase cinco anos depois, VEJA, em perfil escrito pelo jornalista Fabio Altman, voltou a reverenciar o visionário que presenteou o planeta com o iPhone, entre outras inovações. Na edição 2.536, de 12 de outubro de 2011, a publicação abria assim a reportagem da página 92: “As criações de Steve Jobs tornaram o nosso cotidiano mais agradável, bonito e eficiente — o MAC, o iPod, o iPhone e o iPad espalharam-se pelo mundo com a força de um renascimento cultural. Eles são frutos do poder criativo do fundador da Apple, morto de câncer no pâncreas, aos 56 anos”.

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Leia mais um trecho do perfil do revolucionário Steve Jobs, morto em 5 de outubro de 2011:

“Desapegado do dinheiro, andava em trajes despojados — calça jeans, tênis e camisa preta —, mas triturou os executivos de terno e gravata de sua concorrente mais constante, a Microsoft, de Bill Gates. No começo do ano 2000, com o valor de uma ação da Microsoft podiam-se comprar duas ações da Apple. Onze anos depois, a Microsoft valia apenas 7% da Apple…”

(…) Jobs não era excepcionalmente inteligente, mas era gênio, antena da raça, experimentador de sensações (usou LSD na juventude e peregrinou pela Índia. Era instintivo e, certa vez, explicou assim sua filosofia de trabalho: “Quando você faz em frações de segundo o que os outros levariam horas para fazer tudo parece mágica”. Esse é o ponto. As visões de Jobs pareciam brotar do éter e suas intuições vinham como que sopradas pelo vento.”

Leia também: 10 anos do iPhone

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