“Mulheres estão praticamente integradas à sociedade”, declarou Jair Bolsonaro. Achou pouco? Então toma: ele disse que isso é por causa do auxílio masculino. Ainda achou pouco? Toma mais uma: o presidente disse que homens “não podemos mais viver sem elas” (pelo jeito, homens como Bolsonaro já puderam viver sem mulheres).
O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, homenageou a mulher “que tem o prazer de escolher a cor da unha que vai pintar, que tem o prazer de escolher o sapato que vai calçar”. Não homenageou outras mulheres, como por exemplo as que chegam a Procuradora-Geral da República, caso de sua antecessora, Raquel Dodge.
O Grupo Voto, uma plataforma de aproximação entre os setores público e privado, organizou, em homenagem à semana da mulher, um ciclo de palestras para fomentar a participação feminina na política. Convidou Bolsonaro, o deputado Arthur Lira, os ministros Paulo Guedes e Tarcísio de Freitas e vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia. E quantas mulheres? Acertou. Zero.
E não precisamos discorrer sobre as infames falas do deputado Arthur do Val, do MBL, que funcionaram como uma espécie de “esquenta” para o Dia Internacional da Mulher.
O 8 de março, no Brasil, é o Dia Nacional da Vergonha Masculina.