“Só entre nós aqui, tá? Dos 10 candidatos, em ordem de inteligência, estou tô em terceiro. Na minha avaliação, eu não sou mais inteligente. Eu não sou bobo, eu sei ler inteligência”, diz Pablo Marçal em um corte que está rolando por aí neste momento. O tom é afável e simpático.
“Quem é mais inteligente?”, pergunta o entrevistador.
“As duas mulheres são mais inteligentes do que eu. Não preciso nem entrar em guerra. Elas são mais inteligentes. E cabou. Tô, em ordem, em terceiro. Só que a popularidade delas é muito pequena, certo?”
Em apenas 23 segundos, Marçal…
- Tira onda de e modesto e razoável e generoso e simpático
- Mostra que tem discernimento e capacidade crítica
- Faz média com as eleitoras mulheres
- A despeito do (falso) elogio, dá uma paulada nas mulheres candidatas, que não conseguem decolar
- Deixa claro que é mais inteligente do que seus verdadeiros concorrentes (e, pelo que vem mostrando até agora, é mesmo), Nunes e Boulos
- E sugere — para um eleitorado que não tem uma auto estima lá essas coisas — que inteligência não é tão importante
- Tudo isso no clima Pablito paz e amor
Fala sério, é matador.
Evidentemente, nada do que Marçal diz no vídeo bate com o que ele pensa ou faz, mas o que interessa é que funciona que é uma beleza. São cortes assim — aos borbotões — que transformaram Marçal no fenômeno eleitoral que é.
(Por Ricardo Rangel em 10/09/2024)