Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Ricardo Rangel

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Continua após publicidade

Nunca antes na história deste país

A vitória de Henrique Mandetta sobre Jair Bolsonaro é acachapante.

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 abr 2020, 10h42
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Nunca antes na história deste país — ou de qualquer outro — se viu coisa igual.

    Henrique Mandetta saiu sorridente do Ministério da Saúde e foi para o Palácio do Planalto, onde, como sabia, seria demitido. Acabada a reunião, anunciou, do carro, a demissão. Voltou para o ministério — do qual já não era mais titular — ainda mais sorridente. Aplaudido ao chegar, comandou uma entrevista coletiva como se ministro ainda fosse.

    Agradeceu a todos e distribuiu elogios em profusão. Magnânimo, solicitou a seus (ex-)subordinados que colaborassem com seu sucessor. Parecia um presidente bem-sucedido que conclui o segundo mandato e se despede, satisfeito, entregando o cargo ao sucessor que elegeu. Já sem nenhum poder de direito, permitiu-se dar o que chamou de “última ordem”: que os (ex-)comandados não se desviassem um milímetro do que já vinham fazendo. Ou seja, devem colaborar com o sucessor, mas só se ele der ordens iguais às que ele próprio, Mandetta, daria. 

    Mandetta sai contra a vontade do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal, dos governadores, prefeitos, de muitos ministros, da imprensa e da população em geral. Caso raro e intrigante de ministro demitido por excesso de competência.

    A demissão de Mandetta é uma decisão tão equivocada que o próprio presidente, em mais uma de suas analogias romântico-erótico-conjugais, mentiu que foi um “divórcio consensual”, tentando afastar de si a responsabilidade por demitir um ministro tão bem avaliado — e no meio da maior crise sanitária dos últimos 100 anos.

    Nas próximas semanas, Henrique Mandetta receberá o crédito por tudo o que der certo na luta contra a Covid-19. Tudo o que der errado será atribuído a Jair Bolsonaro e Nelson Teich. Sua vitória sobre Jair Bolsonaro é absoluta e acachapante.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.