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Ricardo Rangel

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O Brasil de 2025

Quatro resoluções que o país precisa começar a cumprir este ano

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 jan 2025, 11h44 - Publicado em 17 jan 2025, 06h00

Resoluções de ano novo são aquelas decisões inquebrantáveis tomadas até 31 de dezembro que quase sempre se quebrantam antes mesmo do Dia de Reis. Como o dia já passou (foi em 6 de janeiro), podemos falar de decisões que o Brasil precisa tomar e (começar a) cumprir durante este ano. Eis algumas:

Resolução #1: acabar com o golpismo

O golpe de Bolsonaro deu errado, mas a tradição do golpismo, que começou no século retrasado, continuará viva enquanto a tradição da impunidade para golpistas não acabar. É preciso mandar os golpistas, conforme prevê a lei, para uma longa temporada na cadeia — inclusive e especialmente os cinco oficiais generais de quatro estrelas envolvidos.

Mas isso não basta, é preciso criar um projeto de Defesa Nacional. O poder civil brasileiro se comporta como se isso não fosse problema seu. No entanto, parafraseando Clemenceau, a Defesa Nacional é importante demais para ficar por conta dos militares: cabe aos representantes eleitos pelo povo (com o apoio dos militares, naturalmente) a definição de um projeto de defesa. Sem ele, militares continuarão se sentindo excluídos, insatisfeitos e sem compreender qual é sua função na democracia. Um campo fértil para o golpismo.

Parte do projeto de Defesa Nacional é a formação dos oficiais, a ser subordinada — exceto em disciplinas estritamente militares — às instâncias civis normais (ministério e secretarias de Educação). Sem isso, o golpismo continuará a ser aprendido na escola.

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“A prodigalidade com dinheiro se espalha pela República, mas é o Executivo que deve indicar o caminho”

Também é preciso proibir que militares ocupem cargos políticos civis — eleitos ou não. “Quando a política entra no quartel por uma porta, a disciplina sai pela outra”, ensinou o general legalista Peri Bevilacqua (ele mesmo cassado por militares-golpistas-políticos).

Evidentemente, um projeto de Defesa Nacional se inscreve em um orçamento federal que faça sentido, e, para isso, é preciso cumprir a resolução que vem a seguir.

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#2: aprender que dinheiro não dá em árvore

Como se recusa a compreender que governar é administrar recursos limitados e estipular prioridades, o Brasil gasta demais e gasta mal. A consequência é inflação alta ou juro alto (ou os dois), e o resultado prático é que todo ciclo de crescimento acaba sendo um voo de galinha, seguido de desaceleração da economia e concentração de renda.

A prodigalidade e a irresponsabilidade brasileiras se espalham por todas as instâncias da República, mas quem tem o dever de indicar o caminho é o Poder Executivo. Enquanto ele não se convencer de que tem que cortar na carne, não vai convencer ninguém a fazê-lo. E, enquanto políticos, juízes, procuradores etc. não controlarem seu apetite, será impossível organizar o orçamento.

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#3: recuperar os serviços públicos básicos (saúde, segurança e educação)

O Estado brasileiro custa uma fortuna e entrega serviços de péssima qualidade. Enquanto isso permanecer assim, o país continuará como na anedota da casa em que falta pão, onde todo mundo grita e ninguém tem razão.

#4: parar de lacrar

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O exemplo deve vir de cima: de ministros do Supremo Tribunal Federal, dos membros do Congresso e, principalmente, do governo federal.

Feliz 2025.

Publicado em VEJA de 17 de janeiro de 2025, edição nº 2927

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