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Brasil ‘sustentou tragédia’ da Venezuela, diz general Etchegoyen

Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) afirma crise no país vizinho “chegou onde chegou” com apoio brasileiro

Por Paula Sperb
Atualizado em 13 jun 2018, 17h48 - Publicado em 13 jun 2018, 17h11
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  • A crise na Venezuela, que obriga milhares de venezuelanos a abandonarem o país em situação de miséria, é também responsabilidade do Brasil. A afirmação é do general Sérgio Westphalen Etchegoyen, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ele esteve em Porto Alegre na última terça-feira, 12, para uma palestra na Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA) – o ministro é gaúcho. O general também falou sobre o trabalho da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no combate às notícias falsas, as chamadas fake news, na internet durante as eleições deste ano. Agentes chegaram a viajar aos Estados Unidos para investigar o assunto.

    Sem citar os antecessores do presidente Michel Temer (MDB), os petistas Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, Etchegoyen disse que o suporte dado aos governos venezuelanos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro é mais um motivo para o Brasil não fechar a fronteira para os refugiados e ser solidário com os vizinhos.

    “Temos que olhar no espelho, como nação, como cidadãos, e avaliarmos o nível de responsabilidade que temos. [A situação na Venezuela] chegou onde chegou porque o Brasil apoiou. Não interessa se era [um país] amigo. Nós sustentamos essa tragédia para chegar até aqui”, afirmou o ministro diante da plateia formada por empresários.

    “Não temos antecedente histórico dessa natureza na nossa fronteira: um país vizinho que desmorona e deteriora sua política ao ponto de quatro milhões deixarem o país em busca de comida. De um dia para outro, temos uma multidão de pessoas em busca de comida [em Roraima. Não adianta fecharmos a fronteira se somos um país que teve as fronteiras abertas para que nossos ancestrais viessem para cá”, acrescentou.

    O ministro destacou o trabalho das Forças Armadas que, em conjunto com outros órgãos, servem 6.000 refeições por dia nos centros de acolhimento, colaboram com o cadastro dos refugiados, tratamentos de saúde e busca por emprego.

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    Etchegoyen mostrou fotos das barracas montadas pelo governo em Boa Vista, espaços para as redes, típicas dos indígenas venezuelanos, e até um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com venezuelanos a bordo com destino a cidades onde seriam recebidos. “Meu orgulho”, falou sobre o trabalho.

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