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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre

‘Eleitor vai querer segurança’, diz Marchezan sobre Alckmin

Prefeito de Porto Alegre acredita que televisão e rádio terão mais impacto na campanha do que redes sociais

Por Paula Sperb
Atualizado em 5 jun 2018, 19h15 - Publicado em 5 jun 2018, 16h36

Primeiro prefeito do PSDB eleito em Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr., acredita que o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin deve crescer nas pesquisas eleitorais, consideradas pelo gaúcho como “fotografias do momento”. O crescimento dos índices deve ocorrer à medida que os debates eleitorais avançarem, acredita o prefeito. Em pesquisa recente da MDA/CNT, Alckmin aparece com apenas 5,3% das intenções de voto no primeiro turno, como quinto colocado.

“O eleitor vai querer segurança e quem pode oferecer segurança, quem pode dizer ‘já fiz isso e posso fazer de novo’ é o governador Geraldo Alckmin”, disse Marchezan a VEJA. “Com o aprofundamento dos debates, nosso candidato do PSDB vai ocupar o devido lugar”, acrescentou.

O prefeito também acredita que meios de comunicação como televisão e rádios serão mais influentes na campanha pelo voto dos brasileiros do que as redes sociais. “A televisão e o rádio têm papel fundamental na campanha por mais que se fale em redes sociais, estruturas partidárias e outros instrumentos. O que vai predominar ainda é a questão da televisão e do rádio, a mídia tradicional”, opinou.

“Os ‘haters’ têm ganhado muito espaço. A sociedade está em um momento de desconforto e pode perder o foco como no caso do movimento dos caminhoneiros, que foram motivados por interesses privados de algumas empresas [transportadoras], mas receberam o apoio da população, que é quem vai pagar pelas conquistas deles”, disse.

Questionado se os escândalos recentes envolvendo o partido – como a prisão do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), pelo caso do mensalão mineiro, e do inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB) por ter sido gravado pedindo 2 milhões de reais ao empresário Joesley Batista – prejudicam os candidatos da sigla, Marchezan respondeu que “é óbvio que afetam”.

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“Sem dúvida afetam. Sempre que tem alguém vinculado, como no caso do Aécio, que sofre acusações tão frustrantes para a sociedade, é óbvio que os escândalos afetam. Vou além, me parece óbvio que tem que afetar. Assim como a situação do Lula tem que afetar o eventual candidato do PT ou aquele que o apoie. Se formos ver, ao longo dos anos, poucos dos políticos que não se reelegeram deixaram de ser eleitos por causa da corrupção. Infelizmente, corrupção nunca foi o principal motivo de não-reeleição”, falou.

Governo

No Rio Grande do Sul, Marchezan acredita que a tradição de não reeleger um candidato pode favorecer o tucano Eduardo Leite, ex-prefeito de Pelotas e pré-candidato ao governo gaúcho.

“Aqui temos o costume de mudança [não reeleger governador]. Alguns discursos já se esgotaram. O Eduardo Leite vem com um discurso novo, mais moderno e o ambiente está receptivo a isso. Não dá para usar os mesmos remédios. Estamos doentes há muito tempo e sem cura. Essa nova proposta é o Eduardo”, defendeu.

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