“Como se fosse um candidato do PT” e “fundador do Partido Comunista Brasileiro” foram algumas das “acusações” que o atual governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (MDB), e seu adversário, Eduardo Leite (PSDB) trocaram durante o debate da noite desta quinta-feira, 18, transmitido pela Band.
Em três ocasiões, Sartori disse que Leite estava se comportando como um “candidato do PT” por fazer críticas contundentes a sua gestão. Por sua vez, Leite respondeu que “nunca andou naquele lado”. “Quem foi fundador do Partido Comunista foi o senhor”, respondeu o tucano.
Os dois trocaram acusações de esquerdismo em busca do voto antipetista e parecem dar como perdidos para nulo e branco os 17,76 % dos votos de Miguel Rossetto (PT), terceiro colocado. Na última pesquisa Ibope para o segundo turno, Leite aparece com 59% das intenções de voto diante de 41% de Sartori.
Ex-aliados, ambos apoiam Jair Bolsonaro (PSL) para a presidência da República, defendem privatizações, concessões e adesão ao regime de recuperação fiscal. Na tentativa de buscar uma diferenciação de projetos, Leite promete mais inciativa para enfrentar a crise do estado enquanto Sartori apela para a experiência e cautela.
“Acho que tem que ter os pés no chão, mas também tem que tirar a bunda da cadeira”, disse Leite. Em resposta, Sartori, que já havia acusado Leite de agressividade, tentou se mostrar profundamente ofendido. “Não gostei da expressão, vou falar só da cadeira. Acho que não é bom, tem [a palavra] tímido, demorado, lento, eu lhe considerava diferente. Isso aí não é legal”, disse o governador.