Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Rio Grande do Sul

Por Veja correspondentes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
Continua após publicidade

Em meio a mudanças, universitários optam por alternativa ao Fies

Fundação de crédito com sede no Rio Grande do Sul cresceu 60% e universidade gaúcha já tem 40% dos alunos com crédito ou bolsa

Por Paula Sperb
19 out 2017, 19h09
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Com inadimplência de 46,4% e um rombo de 32 bilhões de reais em 2016, segundo o Ministério da Educação (MEC), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) tem gerado insegurança entre os estudantes, muitos deles endividados, como mostrou reportagem de VEJA. Além disso, mudanças no programa federal, como redução no valor máximo financiado, dificultam a adesão dos estudantes de cursos caros como medicina, por exemplo.

    Neste mês, uma comissão do Congresso aprovou a Medida Provisória (MP) MP 785/17 com as mudanças do chamado “Novo” Fies. O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), chegou a dizer que se o programa não mudasse, poderia ser extinto. Entre as mudanças mais polêmicas está a de cobrança dos alunos beneficiados com débito diretamente da folha de pagamento – quando empregados.

    Nesse contexto, estudantes universitários estão buscando alternativas para crédito educativo e as instituições de ensino registram aumento na busca nessa modalidade. Um destes alunos é Alan do Nascimento Padilha, de 24 anos, morador de Torres, no litoral norte gaúcho. Ele estuda Análise de Sistemas na Ulbra (Universidade Luterana do Brasil) no turno da noite. De dia, ele trabalha no setor de construção civil para pagar as contas da casa. A mensalidade integral do seu curso custaria 800 reais, de acordo com o estudante. Com o crédito educativo ele paga a metade do valor e pagará o restante depois de formado com juros baixos. “Eu até tentei pelo Fies, mas não fui aprovado por causa das regras”, contou Padilha a VEJA. O estudante é o primeiro da família a ingressar em uma universidade e planeja trabalhar na área depois de formado.

    estudanteulbrafundacred
    Alan do Nascimento Padilha, de 24 anos, durante aula do curso de Análise de Sistemas na Ulbra, em Torres , no litoral norte gaúcho (Arquivo Pessoal/Divulgação)

    O crédito de Padilha é operado pela Fundacred, fundação de crédito educativo sem fins lucrativos com sede no Rio Grande do Sul, que cresceu 60% nos últimos três anos, de acordo com o Nivio Delgado, diretor-superintendente. No primeiro semestre deste ano, a Fundacred atendeu 3 mil novos estudantes, foram 15 mil estudantes nos últimos três anos. Se no Fies a inadimplência é de 46,5%, a Fundacred tem apenas 4,6% de inadimplentes. Boa parte dos novos estudantes atendidos pela fundação deles buscou uma taxa de crédito mais baixa do que a ofertadas por instituições financeiras, com média de 2,4% a.m. A fundação gaúcha trabalha com uma taxa de crédito de 0,35% a.m (ou 4,2% ao ano – a taxa atual do Fies é de 6,5%).

    Continua após a publicidade

    “Nosso empenho em fazer que o estudante restitua o valor é muito profissional. É expressiva a diferença entre nós e o Fies. A gente se preocupa em explicar ao estudante, desde o primeiro momento, a responsabilidade porque quando ele restitui, outro aluno pode se beneficiar como ele se beneficiou”, explica Delgado.

    A Fundacred é pioneira no segmento, atuando desde 1972, e com mais de cem universidades conveniadas. Sem fins lucrativos, funciona como uma espécie de “economia colaborativa” em que o aluno que se forma e restitui o valor que deixou de pagar e assim viabiliza o ingresso de mais um aluno no sistema, explica Delgado.

    niviodelgadofundacred
    Nivio Delgado, diretor-superintende da Fundacred, espécie de “economia colaborativa” de crédito educativo, com sede no Rio Grande do Sul (Fundacred/Divulgação)
    Continua após a publicidade

    Questionado por VEJA a respeito dos créditos alternativos ao Fies, o MEC respondeu por meio de nota que “ao MEC, cabe falar sobre aquilo que é de sua competência, ou seja, o Fies.” e que “não tem dados ou pode tratar de assuntos relacionados a créditos educacionais que não sejam o Fies”.

    Outro estudante que estuda graças ao Fundacred é Albert Ulrich Schaan, de 25 anos, morador de Porto Alegre. Ele estuda Administração na PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul). “A mensalidade aumenta a cada ano e agora custa 1.800 reais mais ou menos”, contou Schaan à reportagem.

    A PUCRS tem investido nos créditos educativos próprios como uma opção ao Fies. Procurada por VEJA, a universidade informou que atualmente 40% dos estudantes possuem algum crédito ou bolsa. O número de estudantes com crédito educativo próprio da PUCRS aumentou 41% entre 2014 e 2017. As modalidades de crédito exclusivas da PUCRS são Proed (próprio) e Credpuc (administrado pela Fundacred).

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco
    Continua após publicidade

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Continua após publicidade

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Continua após publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.