Se na primeira aparição pública após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o juiz Sérgio Moro foi recebido como ídolo, no segundo compromisso do dia, no 31º Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, o magistrado foi alvo de um protesto com xingamentos, vaias e faixas contrárias. Pelo corredor por onde Moro passou até o local da palestra, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), ele foi chamado de “golpista” por estudantes. Também foram ouvidos gritos de “Lula livre”. O protesto foi batizado de “Fórum da Liberdade para Lula”.
Do lado de fora da universidade, cerca de cinquenta pessoas entoavam um cântico com os dizeres “Moro, golpista, tucano e fascista”. O pequeno grupo segurava faixas de apoio ao ex-presidente. Em uma delas se lia “Eu sou Lula”. Na passarela para pedestres em frente à universidade, outra faixa, visível para os motoristas também acusava Moro de “golpista” e pedia liberdade para o ex-presidente. Em um prédio da PUCRS, uma longa faixa vertical foi pendurado com a inscrição “fora Moro tucano”.
Porém, a plateia inscrita no evento foi novamente efusiva na recepção positiva a Moro. Assim como na primeira palestra, o juiz foi acompanhado pelo procurador aposentado Antonio Di Pietro, que conduziu a operação italiana Mãos Limpas, que inspirou os métodos da Lava Jato. O professor de ciência política Adriano Gianturco também esteve presente no debate com mediação de Júlio César Bratz Lamb, residente do IEE (Instituto de Estudos Empresariais).