O candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad, lamentou a decisão de quarta-feira do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter 3,3 milhões de títulos eleitorais cancelados. Os documentos foram anulados porque os eleitores não fizeram o cadastro biométrico, obrigatório em algumas localidades, dentro do prazo.
“Não estou preocupado com a questão do resultado eleitoral, estou preocupado com o cidadão mesmo, que vai chegar no domingo, dia 7, e não vai poder votar. Me solidarizo com essa pessoa”, disse o candidato a jornalistas durante visita a Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. A maioria dos títulos cancelados foi no Nordeste, onde o petista lidera.
“Eu lamentei um pouco a decisão porque acho que tem gente de boa-fé que pode ter perdido o prazo, mas quer votar. Às vezes é uma pessoa que mora no campo, às vezes uma pessoa que tem deficiência. Tem várias situações em que uma pessoa perde o prazo, não recebeu a informação no tempo certo, é um analfabeto, um idoso, um trabalhador rural”, afirmou.
Ciro Gomes
Em sua primeira agenda no Rio Grande do Sul desde que foi oficializado como o candidato do partido, Haddad também comentou a declaração de Ciro Gomes (PDT) no debate do SBT, de que de que, se pudesse, preferiria governar sem o PT.
“Lá no Ceará o PT governa com o PDT, é o estado dele [Ciro]. Não faz sentido assim [a declaração de Ciro]. Somos muito próximos. Estaremos juntos no segundo turno, tenho certeza disso. Posso te assegurar que nossa vontade é estar junto”, disse Haddad.
No Ceará, a chapa de situação que tenta se reeleger é formada por Camilo Santana (PT) e, como vice, Izolda Cela (PDT).