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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
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Leite (PSDB): romper polarização e construir consensos estratégicos

Novo governador gaúcho anunciou decretos emergenciais para contenção de gastos

Por Paula Sperb
Atualizado em 1 jan 2019, 17h49 - Publicado em 1 jan 2019, 17h32

O novo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), tomou possa na tarde desta terça-feira, 1, fazendo discurso em que defendeu a construção de “consensos estratégicos” e o fim da “polarização inútil”, “como se cultura fosse de esquerda e eficiência de direita”. “Não são, são pautas de estado, necessárias para uma vida melhor para os gaúchos”, disse Leite durante a cerimônia na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.

O tom de união destoou do discurso do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no parlatório, onde ele chegou a dizer que o “país começa a se libertar do socialismo” – o Brasil é capitalista.

Junto do governador gaúcho, tomou posse também seu vice, o delegado Ranolfo Vieira (PTB), a quem Leite agradeceu pela “amizade cívica forjada em torno do projeto” para o estado.

Leite também anunciou uma série de decretos emergenciais “para controlar despesas de pessoal e custeio” a partir do seu primeiro dia no gabinete, nesta quarta-feira, 2. O estado passa por uma grave crise financeira com mais de 30 meses consecutivos de salários parcelados pelo ex-governador, José Ivo Sartori (MDB), que deixa calote de cerca de 1,5 bilhão de reais a fornecedores no último ano.

Além dos decretos emergenciais, Leite prometeu “reformas estruturantes nos cem primeiros dias de seu governo”.

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O tucano defendeu a modernização da gestão e a união em torno de pautas de interesse público. “Chega de criar raízes na discórdia quando podemos fazer da convergência uma alavanca para o desenvolvimento de todos”, disse. “Que aquilo que nos une seja mais forte do que aquilo que eventualmente nos separe”, acrescentou.

Sartori, antecessor de Leite, enfrentou protestos de servidores por causa do parcelamento dos salários e greves de professores e demais áreas. Na segurança, soldados chegaram a ficar aquartelados. As categorias queixam-se de que não tinham diálogo com o Executivo. Por isso, Leite prometeu manter sempre um canal aberto com os servidores.

Apenas os salários dos funcionários do Executivo foram parcelados por Sartori. Judiciário e Legislativo receberam normalmente ao longo da gestão. Leite pediu a “união de todos” e disse que “não é justo que o esforço seja só de alguns”.

Antes, o presidente do Legislativo, o deputado Marlon Santos (PDT), afirmou que “não é preciso errar como outro já errou”. Santos também mencionou o “cansaço daqueles que fazem sua parte pelo estado do Rio Grande do Sul” diante da crise enfrentada pelo estado.

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