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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre

Maioria dos caminhoneiros fica nas margens sem bloquear, diz PRF

Bloqueios, que exigiriam força policial conforme anunciado por Temer, são “exceções”; PRF irá atuar nos acostamentos

Por Paula Sperb
Atualizado em 28 Maio 2018, 15h22 - Publicado em 25 Maio 2018, 18h34

A falta de combustível e alimento nas cidades gaúchas se deve mais à decisão dos caminhoneiros de ficarem parados do que ao bloqueio das rodovias. Isso porque, segundo o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Rio Grande do Sul, João Francisco de Oliveira, os motoristas ficam estacionados nas margens, como em postos de gasolina, sem obstruir as estradas. Estacionar no acostamento, porém, é proibido. Por isso, a PRF e até mesmo o Exército podem remover os manifestantes dos acostamentos mesmo que não estejam impedindo o trânsito.

“A maioria dos motoristas de caminhões não quer circular. Nosso dever é garantir o direito de circular para os que querem circular. Mas quem protesta parado, sem obstruir, pacificamente, tem assegurado seu direito à manifestação”, disse Oliveira em coletiva de imprensa na sede do órgão, em Porto Alegre, no final desta sexta-feira 25. O juiz Sergio Moro chamou os bloqueios de “excessivos” e questionáveis.

Sem bloqueio, não é necessário o uso da força policial para desobstrução das rodovias conforme o presidente Michel Temer (MDB) anunciou.

“Não há bloqueio de rodovias com caminhões. A dinâmica tem sido os caminhões ficarem nas margens e os motoristas caminhando no acostamento”, disse. “Os motoristas das margens não são o alvo”, acrescentou.

Conforme o superintendente, os bloqueios são “exceções” e foram rapidamente resolvidos com atuação da PRF no caso de estradas federais. Ainda segundo Oliveira, a PRF não pode impedir que os caminhões ocupem as margens. O estacionamento no acostamento, porém, é proibido e os caminhoneiros estão sendo multados.

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A Refap (Refinaria Alberto Pasqualini), em Canoas, na região metropolitana, é área de interesse da União, segundo a PRF. Carregamentos da Refap têm sido escoltados desde terça-feira 22 para que possam deixar o local com carga. Porém, a dificuldade não foi a passagem dos caminhões, mas encontrar caminhoneiros dispostos a fazer o frete, contou Oliveira na coletiva.

Além da Refap, outro ponto de interesse da União, segundo a PRF, é a ponte sobre o Rio Guaíba, na BR-290, que até agora não foi bloqueada, mas tem sido monitorada.

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