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Pedreiro vira herói ao escalar prédio e salvar criança de fogo

Anderson da Silva, de 25 anos, alcançou a janela do segundo andar de casa em Santa Rosa (RS), socou a janela até rompê-la e retirou menino que pedia socorro

Por Paula Sperb
Atualizado em 11 jan 2018, 19h19 - Publicado em 11 jan 2018, 18h05
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  • Incêndio em Santa Rosa
    Incêndio em Santa Rosa (Reprodução/Facebook)

    Ao ver um prédio pegando fogo e escutar um pedido de ajuda, o pedreiro Anderson da Silva, de 25 anos, escalou uma parede e rompeu os ferros de uma janela para salvar uma criança de sete anos. O incêndio ocorreu no início da tarde de quarta-feira (10), na cidade de Santa Rosa, no noroeste do Rio Grande do Sul, onde o pedreiro passou a ser considerado um herói.

    Anderson estava trabalhando em uma construção das proximidades quando percebeu a movimentação de curiosos em razão do fogo. “Eu tinha que agir rápido. Se não fosse rápido, o menino ia morrer. Primeiro eu pensei em alcançar, em chegar lá em cima. Escalei a parede e tomei impulso a partir de uma janelinha embaixo. Daí pulei e me prendi com as mãos na janela do apartamento. Comecei a socar para tentar arrebentar o ferro. Achei que não ia conseguir. Mas daí o menino me disse: ‘Tio, me tira daqui porque está queimando’. Aí Deus me deu a força que faltava e consegui arrancar a grade. Não tem explicação. Foi Deus mesmo”, disse o pedreiro em entrevista a VEJA.

    Veja o momento em que a criança é salva:

    Escalei a parede e tomei impulso a partir de uma janelinha embaixo. Daí pulei e me prendi com as mãos na janela do apartamento. Comecei a socar para tentar arrebentar o ferro. Achei que não ia conseguir. Mas daí o menino me disse: ‘Tio, me tira daqui porque está queimando’. Aí Deus me deu a força que faltava e consegui arrancar a grade

    Anderson da Silva, pedreiro
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    Anderson já retomou seu trabalho na construção. “Esse é meu ganha-pão, tenho que sustentar minha família”, disse à reportagem, acrescentando que “faria tudo de novo” se fosse necessário. Ele é casado há oito anos e é pai de uma menina de três anos. Ganha cerca de 1.200 reais por mês trabalhando em construções.

    “Ele teve um ato verdadeiramente heroico. Ele venceu a altura, rompeu a grade, retirou o menino e alçou ele para quem estava fora. Foi uma ação muito rápida”, contou a VEJA o comandante do Corpo de Bombeiros da cidade, primeiro-tenente Claudir Roque Malmann. Os Bombeiros receberam o chamado às 13h44 e chegaram dois minutos depois. Nesse curto intervalo, o pedreiro salvou a criança.

    Recomeço

    “Estamos bem agora, graças a Deus”, disse o pai da criança, Rosauro Tavares, que trabalha com manutenção de aparelhos eletrônicos. A família perdeu todos os móveis e eletrodomésticos do apartamento, muitas roupas e alimentos. “Estamos amparando a família, arrecadamos um caminhão de móveis e muitos alimentos. Amanhã temos o dia inteiro de arrecadação. Eles perderam tudo”, conta Carmen Lúcia Lazzaretti, de 43, voluntária da Cruz Vermelha.

    Tanto Anderson quanto a criança sofreram apenas ferimentos leves. O pedreiro ficou com as mãos machucadas ao tentar romper os ferros – o garoto machucou a orelha esquerda.

    Segundo os Bombeiros, o fogo pode ter iniciado do lado de fora do imóvel de dois andares, em uma garagem, e se alastrado para a residência. O apartamento era pequeno e alugado pela família. Ali moravam o pai, a mãe, Carla Padoan, e Richard Padoan Tavares, a criança. O pai estava no andar de baixo, onde trabalha. A mãe estava a uma quadra do local.

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